Trisal evangélico: jovens se conheceram em uma vigília na igreja

“Conheci Kauê, 20, no Instagram há um ano. Começamos a frequentar a Assembleia de Deus juntos e hoje nos consideramos irmãos. No início de 2020 conhecemos a Thalita, 17, em uma das vigílias evangélicas e passamos a conversar. Rolou um clima entre a gente, e eu não sabia que, paralelamente, também tinha rolado entre ela e o Kauê. Como compartilho tudo com ele, acabamos descobrindo que ela conversava com os dois. Não ligamos para isso no começo porque nunca sentimos ciúme um do outro”, conta Michel.

Segundo o jovem, foi difícil no começo assumir a relação e que para muitas pessoas, ainda é estranho, até mesmo entre os pais.

“Sempre tive relacionamentos monogâmicos e, por sermos da igreja, fiquei com receio do que as pessoas iriam pensar. Até para andar juntos no shopping é estranho. As pessoas não aceitam uma mulher com dois homens. Não seguramos na mão em público por causa disso. Contar aos nossos pais foi um desafio porque eles não acham certo esse tipo de relação. Achavam que era coisa de adolescente”, diz ele.

Apesar de terem assumido o relacionamento em uma rede social, o trio prefere manter a discrição, sem postar fotos se beijando, por exemplo, o que faz muitos seguidores questionarem a sexualidade de Michel e Cauê. “A maior curiosidade dos seguidores é se eu e o Kauê éramos gays ou bissexuais, e as pessoas não entendem quando explicamos que não somos”, diz Michel.

“Aceitei esse relacionamento porque Thalita e Kauê são bons de coração, agem mais pela emoção do que pela razão. Nunca faltou respeito entre nós. Quem vê de fora acha que somos apenas três bons amigos”.

O trisal já é reconhecido na rua e possuem até fã-clube. Junto com a fama, vieram as críticas, e Michel reconhece que ninguém é obrigado a concordar ou aceitar esse estilo de vida, mas pede que a escolha dos três seja respeitada.