Padre transgênero denuncia pastor por “crime de ódio”

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Ben John, que é pastor evangélico, está sendo denunciado por ter criticado a participação de um trans em um vídeo lançado pela Igreja da Inglaterra. Alex Clare-Young assumiu uma identidade masculina, apesar de ter nascido mulher, e atua como clérigo de uma denominação, mantendo relação com outra mulher.

O projeto da Igreja da Inglaterra chamado Viver em Amor e Fé, que conta com um  vídeo, causou polêmica. Clare-Young e a mulher abrem o vídeo da “Living in Love and Faith” falando de sua experiência como um padre transgênero.

“Espero que as pessoas me respeitem, mas não espero que saibam o que fazer comigo. Algumas pessoas podem nunca ter conhecido uma pessoa trans antes”, diz Clare-Young no vídeo.

Em resposta ao vídeo para o Christian Concern, Ben John, da Wilberforce Academy, criticou a decisão da Igreja da Inglaterra de abrir o vídeo LLF com um padre trans e disse que o transgenerismo é uma “falsa ideologia”.

“Na realidade, se o transgenerismo é uma falsa ideologia, o que é, então o que estamos vendo aqui é um casal de lésbicas. Este homem não é realmente um homem. Ela é uma mulher. Portanto, embora a Igreja da Inglaterra possa dizer sim, nós não mudamos a doutrina do casamento, eles mudaram a prática”, disse Ben.

O pastor também questionou o fato de apresentarem pessoas do clero de uma denominação, perguntando se isso era uma mensagem de que a Igreja deveria ordenar trans.

“Não só isso, os dois eram clérigos. Não eram leigos. Eram líderes da igreja. Devíamos ordenar pessoas trans? É esta a mensagem que queremos enviar?”, concluiu ele.

O Christian Concern não quis excluir o vídeo depois de um pedido do padre, por isso ele denunciou John a polícia de North Yorkshire. O The Times informou que um porta-voz da polícia afirmou que a denúncia está sendo investigada como um crime de ódio.

“Não estou tentando excluir pessoas que se identificam como evangélicos conservadores com uma visão tradicional das Escrituras. Não quero que ninguém seja excluído, mas também não quero que ninguém me exclua”, disse Clare-Young ao jornal.

*Reprodução

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