O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD) determinou a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard após o depoente faltar à sessão desta quinta-feira (17), mesmo com a seguridade de um habeas corpus concedido de maneira liminar pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Alberto Barroso.
A oitiva do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Marques, que também ocorreria hoje, será remarcada porque os senadores vão participar da discussão sobre a Medida Provisória que trata sobre a privatização da Eletrobrás.
A ausência não justificada de Wizard irritou Aziz que pediu também a retenção do passaporte do empresário pela Polícia Federal até que ele compareça ao Senado para prestar esclarecimentos.
A liminar do ministro Barroso permitia à Carlos Wizard as mesmas condições dadas ao ex-ministro Eduardo Pazuello: o direito de não responder perguntas que poderiam incriminá-lo e de não sair preso caso houvessem contradições em seu depoimento. A nova data para a oitiva deveria também ser conversada com antecedência com o empresário.
“É uma brincadeira dele né? Uma data combinada para ele vir. É uma autoridade?”, indagou Aziz. “O que me espanta é um cidadão procurar o Supremo Tribunal Federal para conseguir o habeas corpus para ficar em silêncio nas perguntas que fossem feitas a ele e não aparece. Para que foi ao Supremo se não vinha?”, questionou o senador amazonense.
Carlos Wizad já havia buscado uma maneira de ser interrogada por videoconferência, alegando que por estar no Estados Unidos seria oneroso vir ao Brasil apenas para ser ouvido pelos senadores, mas o pedido foi nego pelo presidente da CPI, uma vez que há um acordo entre os membros da comissão em não aceitar esse tipo de depoimento.
Fonte: Real Time 1