O nível registrado no Rio Solimões, nesta sexta-feira (1º), na estação de medição em Manacapuru, foi de 13,63 m. A marca representa uma vazante de 27 cm em um dia. A descida do rio preocupa produtores de áreas de várzea. Municípios do Amazonas banhados por outros rios já estão em “estado de atenção” por conta da seca.
Entre a segunda e a sexta-feira da última semana, o rio desceu 1,20 m. Para agricultores, essa redução no volume de água em apenas cinco dias representa que o período de seca já chegou no baixo Solimões. Eles temem que a seca seja elevada.
Segundo Jander Santos de Souza, presidente da Cooperativa de Produtores da Comunidade Costa do Marrecão, a vazante proporciona mais terras férteis para o plantio, mas também acarreta problemas.
“O maior problema é que nesse período de vazante, as chuvas diminuem, o que compromete a plantação, Depois do período de cheia, a várzea ainda não começou a produzir, e o nosso medo é que seja uma seca muito grande e a gente volte a ter problemas novamente”, disse Souza.
Porto
No porto de Manacapuru, pessoas que diariamente utilizam o local para viagens para a Zona Rural e municípios próximos, como Caapiranga, Anamã, Anori e Beruri, começam a ter dificuldade de acesso às embarcações e ao terminal de passageiros que funciona no porto da cidade.
Quem comemoram são os pescadores. Em toda essa região do baixo Rio Solimões, a época é de muito peixe no rio.
Atenção em algumas cidades
O Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), da Defesa Civil do Amazonas, emitiu no dia 14 de agosto “estado de atenção” para 11 municípios das calhas dos rios Juruá, Purus e Madeira, por significativo déficit de chuva e diminuição do volume de água durante a vazante dos rios. São eles:
- Canutama (calha do Purus)
- Boca do Acre (calha do Purus)
- Lábrea (calha do Purus)
- Pauiní (calha do Purus)
- Guajará (calha do Juruá)
- Ipixuna (calha do Juruá)
- Eurunepé (calha do Juruá)
- Itamarati (calha do Juruá)
- Envira (calha do Juruá)
- Humaitá (calha do Madeira)
- Manicoré (calha do Madeira)
(G1)