Segundo executivo, Eduardo Braga e cinco outros senadores do PMDB dividiram mais de R$ 35 milhões para que os mesmos apoiassem Dilma Rousseff nas aleições presidências de 2014, onde Dilma ganhou.
Ricardo Saud, diretor de relações institucionais da J&F, contou em depoimento para a força tarefa da operação lava jato que Eduardo Braga foi um dos nomes que recebeu propina nas eleições de 2014, o objetivo do dinheiro era “pacificar o partido”, para evitar que a legenda apoiasse Aécio Neves, candidato a presidência, na época.
35 milhões seria o valor total da propina, que foi destinado a parlamentares considerados chave no senado, com a intenção de os unir em torno de Michel Temer, como vice de Dilma Rousseff.
Eduardo Braga havia recebido, segundo delator, R$ 6 milhões de reais, os senadores Jader Barbalho e Eunício Oliveira também receberam o mesmo valor. Ainda, segundo Saud, a maior quantia ficou para Renan Calheiros, que recebeu uma quantia de R$ 9,3 milhões, já Raupp, recebeu valor de R$ 4 milhões.
Ricardo Saud afirmou que a definição do pagamento das propinas ocorreu em junho 2014, com um pedido nada de forma antiga: “O primeiro pedido de propina foi um bilhetinho”, disse ele, ressaltando que o bilhete foi repassado por Joesley Batista depois de uma reunião com Guido Mantega, então ministro da Fazenda.
Saud ainda conta de que forma o dinheiro foi repassado para os remetentes: “Uma parte foi paga em dinheiro vivo, outra em doações simuladas de oficiais e outra em notas fiscais de serviços não prestados”, contou.