Manaus/AM – No mês de junho, o Teatro Amazonas passa a funcionar para visitação turística das 9h às 15h. O agendamento pode ser feito pelo Portal da Cultura (cultura.am.gov.br).
As visitas acontecem com grupos de dez pessoas por horário, conforme os protocolos de prevenção contra a Covid-19. Para agendar, o público deve escolher o horário e informar um número de telefone e CPF.
O Teatro Amazonas adotou todos os procedimentos necessários para evitar o risco de contaminação e garantir a segurança das pessoas. No local é exigido o uso de máscara, medição da temperatura e distanciamento de 1,5 metro, é proibido ainda o contato físico com elementos dos espaços, como colunas, paredes, vitrines expositoras, esculturas, pinturas, demarcadores, portas e maçanetas.
Na visita guiada, de 30 minutos, o público tem a oportunidade de conhecer o Salão Nobre do Teatro Amazonas, o Salão de Espetáculos e o Salão Verde, intitulado “Sala de Exposição de Música e Dança”, que conta com sapatilhas de grandes nomes do Ballet que se apresentaram na Casa, como Marcelo Mourão Gomes, Ana Botafogo, Mikhail Baryshnikov, Ana Laguna e Margot Fonteyn; três instrumentos musicais da casa, como contrabaixo, violino e tímpano; dois bustos em bronze, de Antônio Carlos Gomes e Heitor Villa-Lobos.
O acervo do espaço tem ainda duas partituras de arranjos compostos pelo maestro Otávio Simões, um rascunho de um arranjo do Hino de Manaus para a Orquestra Amazonas Filarmônica e um arranjo da música “Dó Ré Mi”, do musical “A Noviça Rebelde”, apresentado no espetáculo “Playbill”, com a Orquestra Experimental e Solistas, em julho de 2019. E ainda três figurinos utilizados em espetáculos da casa: o modelo que o maestro Marcelo de Jesus ganhou do embaixador da Indonésia, Toto Riyanto, em 2018; o traje usado no Concerto de Natal de 2015, “Lágrimas de Brinquedo”; e o figurino da “Diálogo das Carmelitas”, montagem do Festival Amazonas de Ópera de 2011.
O visitante ainda confere uma maquete do Teatro Amazonas, feita com blocos de Lego, uma escultura de bronze do artista francês Adrien Étienne Gaudez, além da Saleta de Exposição da Cúpula, com itens como vidros coloridos, telhas esmaltadas e vitrificadas e projetos arquitetônicos do Teatro e sua cúpula.
Camarim de época
Para proporcionar ao visitante a experiência da atmosfera de um camarim do Teatro Amazonas durante a Belle Époque, foi criado um espaço cuja ambientação e composição foi realizada com a utilização de peças de mobiliário do espaço e objetos adquiridos em antiquários pelo Brasil.
Entre as porcelanas em exibição, uma escarradeira é referência ao fato de que foram intensamente utilizadas no século 19, sendo considerado de “bom-tom” o hábito de se expelir secreções em público. Utilizadas nos espaços sociais, eram deixadas à disposição das visitas, no chão, em geral aos pares, ladeando os sofás. O exemplar do camarim é de procedência alemã, da histórica fábrica de porcelanas Villeroy & Boch.