SUS começa a disponibilizar remédios para tratamento de doença rara

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Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

SO Ministério da Saúde anunciou na última quinta-feira (3), a incorporação do medicamento dicloridato de sapropterina, utilizado no tratamento de uma doença rara e genética, a fenilcetonúria (FNC) que provoca anomalias no fígado e tem dificuldades para processar proteínas presentes em animais e vegetais. O remédio deve estar disponível na rede pública em até 180 dias e será ofertado a mulheres que estejam em período pré-concepcional ou em período gestacional e que tenham feito teste de responsividade positivo ao medicamento, ou seja, pacientes gestantes e que desejam engravidar terão acesso ao remédio pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Sobre a Doença

A fenilcetonúria tem herança genética e faz com que o indivíduo nasça sem uma importante enzima (fenilalanina-hidroxilase), dificultando o trabalho do organismo na quebra adequada de moléculas de aminoácido presente em proteínas animais e vegetais (fenilalanina-FAL). Os altos níveis desse aminoácido e de substâncias associadas a ele, no corpo, exercem ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.

Conforme se acumulam no organismo, as moléculas podem provocar intoxicações. O remédio é associado a uma dieta restritiva e à introdução de vitaminas e minerais para combater as consequências da anomalia. Testes clínicos com a medicação indicaram que a ela é mais eficaz em mulheres.

Números

Levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) aponta que um em cada 12 nascidos vivos é acometido pela doença, que é diagnosticada com o Programa Nacional de Triagem Neonatal, o teste do pezinho, que também é ofertado pela rede pública. O tratamento para doenças raras, como a fenilcetonúria, é oferecido pelo SUS.

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