SO Ministério da Saúde anunciou na última quinta-feira (3), a incorporação do medicamento dicloridato de sapropterina, utilizado no tratamento de uma doença rara e genética, a fenilcetonúria (FNC) que provoca anomalias no fígado e tem dificuldades para processar proteínas presentes em animais e vegetais. O remédio deve estar disponível na rede pública em até 180 dias e será ofertado a mulheres que estejam em período pré-concepcional ou em período gestacional e que tenham feito teste de responsividade positivo ao medicamento, ou seja, pacientes gestantes e que desejam engravidar terão acesso ao remédio pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Sobre a Doença
A fenilcetonúria tem herança genética e faz com que o indivíduo nasça sem uma importante enzima (fenilalanina-hidroxilase), dificultando o trabalho do organismo na quebra adequada de moléculas de aminoácido presente em proteínas animais e vegetais (fenilalanina-FAL). Os altos níveis desse aminoácido e de substâncias associadas a ele, no corpo, exercem ação tóxica em vários órgãos, especialmente no cérebro.
Conforme se acumulam no organismo, as moléculas podem provocar intoxicações. O remédio é associado a uma dieta restritiva e à introdução de vitaminas e minerais para combater as consequências da anomalia. Testes clínicos com a medicação indicaram que a ela é mais eficaz em mulheres.
Números
Levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) aponta que um em cada 12 nascidos vivos é acometido pela doença, que é diagnosticada com o Programa Nacional de Triagem Neonatal, o teste do pezinho, que também é ofertado pela rede pública. O tratamento para doenças raras, como a fenilcetonúria, é oferecido pelo SUS.