
(Portal Acritica)
Após segunda audiência para definir o rumo do 13º salário aos trabalhadores do transporte coletivo, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Sinetram), o Sindicato dos Rodoviários e a Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU) não entraram em acordo sobre o pagamento dos funcionários. No último dia 16, o Sinetram afirmou que não tinha dinheiro para pagar o salário extra dos trabalhadores do sistema.
O Sinetram manteve o posicionamento de parcelar o montante aos trabalhadores afirmando que a prefeitura deve aproximadamente R$ 17 milhões às empresas, proposta essa rejeitada pela categorias. Novas negociações estão marcadas para tentar resolver o problema, mas os rodoviários seguem cogitando uma greve caso uma solução não saia até o dia 30.
A audiência ocorreu na tarde desta terça-feira na Superintendência Regional do Trabalho, no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus. Representantes do Sinetram, SMTU e do Sindicato dos Rodoviários estiveram presentes na reunião.
De acordo com o representante dos rodoviários, o secretário-geral Élcio Campos, o Sinetram não mostrou qualquer proposta diferente da apresentada na semana passada. Segundo ele, as empresas continuam propondo parcelar o 13º, e a categoria é contra a medida.
“O sindicato é contra esse parcelamento, até porque o trabalhador vem recebendo atrasado durante todos os meses, não teve reajuste em março…Então não tem como aliviar um direito conquistado. Ou acha-se uma solução até o dia 30, ou vamos marcar uma assembleia e convocar uma greve geral”, afirmou.
O assessor jurídico do Sinetram, Fernando Borges, disse que a prefeitura deve aproximadamente R$ 17 milhões ao Sinetram em subsídios e o montante obtido nas eleições, quando a passagem não foi cobrada dos usuários.
“A situação é realmente grave. Nós conseguimos que a prefeitura viesse pra cá para a companhia a nossa situação e dos rodoviários. Nós temos mais duas negociações agendadas, é um processo um pouco longo e está num contexto de uma crise muito grave. Então isso exige a união de todos para que o transporte não pare na cidade”, defendeu ele.