Representantes da Defesa Civil Municipal, da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e do Fundo Manaus Solidária se reuniram na manhã desta terça-feira, 13/4, por determinação do prefeito David Almeida, para discutir a realização da Operação Cheia 2021, da Prefeitura de Manaus, que tem como objetivo promover apoio e proteção às famílias atingidas por situações de emergência e calamidade pública, provocada pela subida dos rios. Segundo estimativas da Defesa Civil, ao menos quatro mil famílias deverão ser atendidas pela ação municipal.
De acordo com o planejamento, a partir da próxima semana, a Defesa Civil Municipal iniciará a identificação das casas que serão atingidas pela cheia e a Semasc fará o cadastramento das famílias e indivíduos, caso seja necessária a concessão de benefício Auxílio Aluguel. A Divisão de Benefícios Assistenciais Eventuais também fará o cadastro das famílias para a distribuição de benefícios eventuais, conforme a necessidade identificada pelos técnicos.
“É importante destacar que vivemos um momento atípico, por conta da pandemia da Covid-19. Isso requer estratégias de trabalho em conjunto com os demais órgãos da gestão municipal, observando protocolos de ação e segurança junto à população atingida pela enchente, sem colocar em risco a equipe de trabalhadores que estará à frente do serviço. A concessão dos benefícios eventuais só vai entrar em vigor a partir do decreto de situação de emergência, pelo prefeito David Almeida”, afirmou a secretária da Semasc, Jane Mara Moraes.
Nesta terça-feira, a cota do rio Negro chegou a 27,96 metros. O nível atual em Manaus é considerado alto para o período do ano.
“Por meio de uma recomendação do prefeito David Almeida, nós estamos atuando desde o início da gestão, para minimizar os danos causados pela cheia. Fizemos os monitoramentos, iniciamos de forma preventiva a construção de pontes, para evitar que a trafegabilidade dos moradores fosse afetada. Agora, iremos iniciar o processo de cadastramento das famílias que moram nessas localidades e podem sofrer com os impactos, para que todo o amparo público possa ser dado aos moradores”, ressaltou o secretário municipal chefe da Casa Militar, tenente William Dias.
De acordo com o levantamento da Defesa Civil Municipal, no ano de 2020, 15 bairros foram atingidos por esse fenômeno, sendo: Aparecida, Betânia, Centro, Colônia Antônio Aleixo, Compensa, Cachoeirinha, Glória, Educandos, Mauazinho, Puraquequara, Presidente Vargas, Raiz, Santo Antônio, São Jorge e Tarumã, situados nas zonas Sul, Centro-Sul e Leste de Manaus. Famílias de 27 comunidades localizadas às margens do rio Negro e rio Amazonas também sofrerão os impactos da cheia.
A Operação Cheia 2021 contará com a participação das secretarias municipais de Saúde (Semsa), de Infraestrutura (Seminf), de Limpeza Urbana (Semulsp), Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), Casa Militar e outras que forem necessárias para o desenvolvimento das atividades.
Histórico
Em 2012, Manaus registrou a maior cheia da história, com o rio Negro marcando 29,78 metros, superando o índice registrado em 2009, que foi de 29,77 metros. A subida do nível do rio Negro, em 2012, afetou mais de 5,8 mil famílias, na capital e no Amazonas. Na época, mais de 50 municípios decretaram situação de emergência.
Com informações da Assessoria