O voto do Brasil contra Israel na assembleia da UNESCO na última terça-feira (2), novamente gerou protestos, não só da comunidade judaica no país latino-americano, mas também de muitos cristãos, que viram a decisão com “absurda” e “lastimável”.
O posicionamento do Brasil nesta votação foi criticado também pelo deputado Roberto de Lucena (PV – SP), em plenário da Câmara Federal, na última quinta-feira (4). Ele apontou que quando o governo brasileiro insiste em se manter contra Israel, “vira as costas para as bênçãos que este apoio pode trazer”.
“Em pleno Dia da independência de Israel, o Brasil se aliou a ditaduras e votou em desacordo com nossos vizinhos latino-americanos, aprovando posicões absolutamente equivocadas. Este voto não representa a nação brasileira, ofende a memória de Oswaldo Aranha e dos heróis do Itamaraty, que arriscando as suas carreiras e suas vidas, combateram o holocausto”, afirmou o parlamentar.
“Trago para esta tribuna, o meu repúdio a este voto brasileiro contra Israel na UNESCO. Por mais que eu respeite o nosso chanceler, ministro Aloysio Nunes, cuja biografia orgulha os paulistas, não posso deixar de afirmar que a diplomacia brasileira errou neste ponto. Lamentavelmente, acompanhou a postura adotada pelos governos anteriores, de afastamento de Israel”, acrescentou.
O voto brasileiro também foi alvo do lamento da CONIB (Confederação Israelita do Brasil), que em nota oficial, afirmou que a resolução tem “claro viés anti-israelense”.
“A Conib (Confederação Israelita do Brasil) lamenta que mais uma vez o governo brasileiro tenha votado a favor de uma resolução na Unesco de claro viés anti-israelense. A resolução é mais uma tentativa lastimável e persecutória dos países patrocinadores da resolução e da UNESCO de tentar negar os inquebrantáveis laços do povo judeu com Jerusalém”, diz a nota oficial da CONIB.