Renan Calheiros ameaça prender Wajngarten, ex-secretário de Bolsonaro, na CPI e senadores enfrentam

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Foto: Reprodução internet

A CPI da Pandemia, também conhecida como “CPI do Circo” e como “Tribunal de Renan Calheiros”, foi marcada por contendas e tumultos após declarações intimidatórias de Renan Calheiros, relator da CPI, e de Omar Aziz, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Inicialmente, Aziz afirmou que Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação de Bolsonaro, poderia ser dispensado e obrigado a retornar na condição de investigado, caso não cooperasse com o direcionamento impingido por meio das perguntas de Renan Calheiros. Após breve intervalo, Renan ameaçou prender Wajngarten, causando reação por parte dos senadores Marcos Rogério e Eduardo Girão.
Renan declarou: “Esse depoimento tem se encaminhado para um terreno muito ruim. Aqui, tiveram dois ex-ministros que confirmaram a existência da consultoria paralela. Feita a pergunta ao depoente, ele disse desconhecer a existência, mas é o contrário. Vossa senhoria é a prova da existência dessa consultoria. É a primeira pessoa que incrimina o presidente Jair Bolsonaro, pois iniciou uma negociação se dizendo em nome do presidente”
Neste contexto, o parlamentar ameaçou: “Queria sugerir requisitar o áudio da Revista Veja para verificarmos se o secretário mentiu ou não mentiu. Se ele mentiu, ele terá desprestigiado e mentido ao Congresso Nacional, o que é um péssimo exemplo. Se ele mentiu à Veja e a esta comissão, vou requerer a Vossa Excelência a prisão do depoente. Apenas para não dizerem que não estamos tratando a coisa com a seriedade que a investigação requer”
O senador Marcos Rogério, por sua vez, retrucou: “Não cabe ao relator ou a qualquer integrante desta CPI ameaçar o depoente de prisão. Vossa excelência deveria saber que a prisão só pode acontecer em flagrante. Nem poderia, posteriormente, em razão de eventual contradição. Não cabe. Não cabe. Não cabe! Isso é abuso de autoridade, senador Renan Calheiros! Quando o depoimento não agrada o senhor, o senhor descarta, desqualifica (…)”.
Após Randolfe Rodrigues apoiar Renan Calheiros, Marcos Rogério rebateu: “Estamos diante de um clássico caso de abuso de autoridade. Querendo enquadrar o depoente para produzir conteúdo e confirmar uma narrativa pronta”. Em seguida, o senador Eduardo Girão proferiu severas críticas à gestão da CPI da Pandemia, dando origem a um bate-boca com o senador Omar Aziz.
 
Fonte: Folha da Política

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