Remédios do kit intubação são entregues com rótulos em mandarim no Amazonas

0
24

Manaus/AM – O Amazonas recebeu no último domingo (18), do Ministério da Saúde (MS), a nova remessa de bloqueadores neuromusculares, analgésicos e sedativos usados no kit intubação para pacientes acometidos pela Covid-19. Porém, os rótulos dos medicamentos vieram todos em mandarim.

Ao menos cinco entidades médicas enviaram, nesta semana, um ofício aos conselhos municipais e estaduais de Saúde e ao Ministério da Saúde pedindo que medicamentos do “kit intubação” doados pela China na semana passada tenham rótulos traduzidos do mandarim para o português, segundo divulgou o G1.

Ambos os documentos são assinados pela Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP), Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH).

A Central de Medicamentos do Amazonas (Cema), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), divulgou que a nova remessa conta com 47.672 medicamentos usados para intubação de pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Foram entregues à Cema 13.050 doses do bloqueador neuromuscular Cis-atracúrio, utilizado no relaxamento da musculatura no processo de intubação orotraqueal do paciente, e 21.932 analgésicos (fentanila). E também 12.690 sedativos, sendo eles Midazolam (8.750) e Propofol (3.940), que serão destinados às unidades da rede estadual abastecidas pela central.

De acordo com a Cema, o quantitativo de medicamentos equivale a uma semana do consumo estabelecido na rede e soma-se ao estoque do kit intubação disponível para abastecer as unidades da rede estadual de saúde por 30 dias, considerando o consumo atual dos itens.

Em nota, o Ministério da Saúde disse que, “pela urgência, as informações de uso e conservação dos medicamentos de intubação doados foram encaminhadas para o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), responsáveis pela divulgação para os gestores locais. Essa medida emergencial foi necessária diante da necessidade de distribuição rápida para todos os estados que estavam com estoques críticos”.

Comentário