Líderes cristãos, advogados, cientistas e políticos que se dedicam ao tema “Capitalismo Humanista” se reuniram em solenidade, na Câmara Municipal de São Paulo, na última quarta, 28 de junho, para a entrega do Prêmio Capitalismo Humanista 2017 à professora doutora Maria Amália Pie Abid Andery, reitora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, PUC-SP.
Em resumo, esse é um grupo de cidadãos profissionais, de diferentes segmentos, que buscam a construção de um novo pacto entre o capital e o trabalho, à luz dos princípios religiosos de amor e respeito mútuo, em que a vida digna do homem seja o propósito fundamental da sociedade.
“É evidente que estamos perdidos em alguns paradigmas, como capital, acúmulo de riqueza, desvalorização da vida humana. Teoricamente, há um anseio muito grande para que possamos encontrar saídas para o desenvolvimento da dignidade humana. Mas, na prática, nossa sociedade tem encontrado limites impostos pelas pelas próprias leis, pela gestão pública e pela organização dos próprios cidadãos. É preciso encontrar saídas, inovar, mas promover e preservar a dignidade humana em primeiro lugar”, disse o Bispo Robson Rodovalho, presidente do Ministério Sara Nossa Terra, que é doutor em física quântica e espiritualidade.
O professor Ricardo Sayeg enfatizou o propósito coletivo desse debate e reafirmou o respeito aos direitos individuais que fundamentam o Estado Democrático de Direito, desde que a prosperidade de alguns não se construa pela exploração de milhões.
“O Capitalismo Humanista sustenta que todas as pessoas têm a liberdade de alcançar o sucesso infinito no campo material. Contudo, também têm o direito de que ninguém fique para trás em situação de miséria”.
O grupo pretende consolidar pesquisas e debates em ações de administração pública. Outra prioridade do grupo é avaliar a eficácia das leis em vigor para resgatar e garantir a dignidade humana como valor fundamental da sociedade.