Publicitário sofre com morte de cachorro e faz carta para ”Deus”, entenda

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Foto: Reprodução/Internet

O publicitário paulista Luiz Galeazzo, de 45 anos, emocionou mi8lhares de pessoas neste domingo, após escrever uma carta para DEUS, expressando sua dor após a morte de seu cachorro,Lennon,  Lennon, um bernese mountain dog de 9 anos.

O texto foi publicado as 14h20 do domingo no Facebook, e em pouco tempo havia tido mais de 1,8 mil compartilhamentos e oito mil reações. Entre as centenas de comentários, muitos se solidarizaram com o sofrimento do publicitário.

Segundo Luiz, Lennon foi diagnosticado com câncer a pouco tempo, e vinha relutando contra a doença bravamente.

— Estava muito doente. Já tinha que dar comida na boca, carregá-lo. No domingo, já muito fraco, não abria mais os olhinhos. Quando o levei para o quintal, a cabecinha dele tombou e o levei para uma clínica 24 horas —explicou ele.

O publicitário, então, foi aconselhado a sacrificar o cachorro. Contra sua vontade:

— Mas aí a oncologista dele retornou a mensagem que eu havia mandado para ela antes de ir à clínica e disse que já era hora mesmo. Fiquei com ele até o último minuto, a mão no focinho do Lennon.

Após a morte de seu fiel amigo, Luiz voltou para casa e dormiu para esquecer o sofrimento, quando acordou,resolveu escrever:

— Eu abri meu coração mesmo, escrevi o post algumas horas depois do meu Lennon morrer. Levei um susto quando vi a repercussão. Mas fico feliz porque muitas pessoas puderam agora saber o quanto ele era incrível — disse ele.

Leia a carta na íntegra:

Deus,
eu não sei se o Senhor tem Facebook, se tem tempo livre para ler textos, ou se ao menos sabe que eu existo. Mas eu queria falar sobre o meu cachorro, o Lennon.
Ele é esse cão majestoso, sorridente e bonito aí da foto. Tão bonito, aliás, que não derreteu só os corações de nós, humanos: até mesmo os outros cães pareciam admirá-lo, obedecê-lo, querer ser como ele.
E sabe de uma coisa? Eles estavam certos. O Lennon levou a sério sua vocação de cão pastor. Ele cuidou de mim, me guiou, me protegeu. Ficou ao meu lado, alerta e forte, mesmo quando ninguém mais queria ficar. Eu era o rebanho mais precioso para ele, e fui guardado com uma lealdade, uma firmeza e, sim, um ciúme que pareciam não ter fim.
Assim como o seu amor. Ele fazia de tudo para me deixar feliz. Prestava atenção em tudo que eu dizia, com seus grandes olhos arregalados, mesmo que não entendesse uma só palavra. Dançava, se jogava e rolava no chão, fazia papel de bobo mesmo sendo um dos seres mais inteligentes que eu já conheci. Caminhava ao meu lado sem guia nem coleira, pulava em cima de mim feito um cão de colo, até comia quando não tinha fome – e olhava pra mim com o canto do olho, como um filho esperando minha aprovação. Não tem como você não se sentir especial ao ser amado por uma criatura tão linda e pura.
Eu estou falando tudo isso, Deus, porque hoje o câncer o levou de mim. Eu e minha namorada fizemos tudo que estava ao nosso alcance para evitar isso. Cozinhávamos comidas diferentes para vencer a perda de apetite que a quimioterapia causava. Dávamos remédio e comida na boca. Nos últimos dias, eu o carreguei em meus braços por toda a casa. Tentei tranquilizá-lo, falando em seu ouvido o quanto eu o amava e como nunca iria deixa-lo. Fui forte por ele, como tantas vezes ele foi por mim. Segurei em sua patinha trêmula e fiquei com ele até o último batimento de seu lindo coração. Ele já deve estar chegando aí, Deus. Peço que brinque com ele, role na grama, corra, cante musiquinhas bobas, tire selfies e coce a barriga dele, sabe, todas essas coisas tão simples, mas que nos davam tanta alegria.
Por favor, cuide bem do meu cãozinho, até chegar o momento de eu ir para aí e me reencontrar com ele.
Para que eu seja merecedor disso, vou me esforçar em ser um bom homem. E me inspirar no Lennon. Afinal, ele foi um bom menino.

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