As tensões entre Coreia do Norte e Estados Unidos aumentaram consideravelmente nas últimas horas, e o ditador do país asiático, Kim Jong-un, sugeriu aos jornalistas estrangeiros que vivem por lá que “se preparem para um grande evento”.
Um grande número de jornalistas está na capital Pyongyang para cobrir as comemorações do 105º aniversário de nascimento do fundador da dinastia que comanda o país, Kim Il Sung, no próximo sábado, 15 de abril. O evento, chamado “Dia do Sol”, é a maior data festiva na Coreia do Norte.
Essa afirmação de Kim Jong-un é uma resposta à mobilização militar feita pelo presidente Donald Trump, que está enviando uma armada “poderosa” à península coreana. Há dois dias, o ditador norte-coreano disse que estava preparado para uma guerra contra os Estados Unidos, inclusive com o uso de bombas nucleares.
A Coreia do Norte é um dos piores países para um cristão viver, de acordo com a Missão Portas Abertas, que elabora, anualmente, uma lista de nações em que a perseguição religiosa é extrema e torna a dificílima a vida de um seguidor de Jesus Cristo.
Um caso de intolerância ao cristianismo é o do pastor canadense Hyeon Soo Lim, de origem sul-coreana, que foi preso na Coreia do Norte em 2015 sob acusação de “prejudicar a dignidade do líder supremo”, o ditador Kim Jong-un.
Ele foi condenado à prisão perpétua por “usar a religião para destruir a Coreia do Norte” e “ajudar na fuga de norte-coreanos”.
Em uma entrevista à CNN, em janeiro de 2016, Soo Lim explicou que é obrigado a trabalhar oito horas por dia, seis dias por semana, e que seu trabalho consiste em cavar buracos em uma horta. Além disso, afirmou receber tratamento médico, três refeições diárias e estar aguardando a decisão das autoridades sobre a permissão para ler a Bíblia Sagrada.