Centenas de cristãos se reuniram na ponte Golden Gate, o principal cartão-postal de São Francisco, na Califórnia, para protestar contra a proibição de cantarnas igrejas devido ao coronavírus.
A manifestação contra a ordem do governador Gavin Newsom contou com cerca de 300 a 400 pessoas por duas horas na última quinta-feira (9), segundo os organizadores.
“Estávamos protestando com adoração”, disse à Fox News o cantor Sean Feucht, líder de louvor na Bethel Church e fundador do movimento político Hold The Line.
“Ninguém estava bravo. “A gente estava dizendo: ‘Queremos adorar. Queremos declarar uma bênção sobre o estado da Califórnia’. Quando eles perseguem e discriminam, nós abençoamos. Queremos liberar a esperança e unificar o som da Igreja”, disse Feucht.
Diante das restrições, o movimento que começou em forma de protesto continuou no dia seguinte em forma de culto. Pelo menos 200 pessoas se reuniram em Huntington Beach na sexta-feira (10) para um momento de pregação e louvor. Muitos foram batizados ao pôr do sol.
Jovem recebe oração após ter sido batizada em praia da Califórnia. (Foto: Raul Roa/Times Community News)
“Nossa intenção ao levar a adoração para fora era de estar em um lugar onde poderíamos ter um distanciamento social”, explicou Feucht à Fox 11 na segunda-feira (13).
Diante do aumento no número de infectados pela Covid-19 na Califórnia, com 336 mil casos confirmados, perdendo apenas para Nova York, com 406 mil casos, as autoridades de saúde determinaram que os locais de culto devem “interromper as atividades de canto e poderão funcionar com 25% da capacidade de público ou no máximo 100 participantes, o que for menor”.
A restrição foi vista como “hipócrita” por líderes cristãos da Califórnia, já que o governo não tem restringido os protestos raciais que têm acontecido nos EUA.
“Acredito que é hipocrisia, porque as autoridades do estado estão incentivando os protestos, e não desencorajando eles”, disse Feucht. “Na pior das hipóteses, é discriminação contra a igreja, porque não podemos nos encontrar em grupos com mais de 100 pessoas”.
Uma equipe de policiais apareceu no local para proteger os direitos dos manifestantes. “Nós oramos por cada um dos policiais. Foi muito legal”, lembra Feucht.
Dois dos policiais estavam sob vigilância suicida, já que a ponte é um lugar de onde muitos tiram suas vidas. “Queremos ver o trem do suicídio, da depressão e da opressão sendo quebrado naquele lugar”, declarou o líder.
GUIAME