Loiríssima, com estilo despojado e uma voz contagiante, a “nova versão” de Priscilla Alcântara nem lembra a apresentadora de programa que fazia a alegria da criançada durante as manhãs.
Aos 19 anos, ela é considerada uma das revelações da música gospel nacional e chegou a passar por Manaus neste mês para um “pocket show” .
A paulista, que é uma das embaixadoras da mobilização que prega a pureza até o casamento, sempre participa dos eventos musicais como o Eu Escolhi Esperar.
“É um privilégio fazer parte de um propósito tão bacana como o Eu Escolhi Esperar, que tem o objetivo de conscientizar os jovens sobre a importância de esperar pela pessoa certa em Deus. Apesar de ser um princípio tão importante, hoje em dia ele não é valorizado pelas pessoas e é deturpado até mesmo dentro do próprio meio cristão”, declarou. “Movimentos como esse fazem a diferença. É uma festa, mas também um momento de ouvir sobre Deus e refletir sobre o assunto”, completou.
Priscilla ganhou destaque no meio evangélico com o CD “Pra Não me Perder”, mas foi com a canção “Espírito Santo” que emplacou os primeiros lugares em rádios de todo o Brasil.
Contratada pela Sony Music em agosto deste ano, ela teve a oportunidade de escrever as 11 faixas do novo trabalho — uma delas, a regravação do hit mais famoso em versão acústica. O álbum foi o mais vendido do Itunes minutos após o lançamento, ultrapassando artistas renomados, como “Jorge & Mateus” e “One Direction”.
“Foi lançado há pouco mais de um mês e estou em turnê, divulgando pelo Brasil inteiro. É uma experiência boa, um CD autoral. Todas as músicas são minhas e fiquei pensando em como seria a aceitação. Mas superou as expectativas, ficando em primeiro lugar no Itunes”, afirmou a moça, ao ressaltar, porém, que o principal objetivo do trabalho não é ser famosa.
Poucos sabem, mas antes de chegar às telinhas da TV, em 2005, Priscilla Alcântara começou a cantar aos dois anos de idade. Nascida em lar evangélico, ela é filha de líderes de louvor e começou a “carreira” nos púlpitos. Atualmente, ela congrega na igreja “Bola de Neve” de São Paulo, muito conhecida por ter uma linguagem voltada para o público jovem.
“Eu sempre fui cristã, sempre fomos da igreja e cresci nesse caminho. Esse amor por Deus e pela música foi gerado quando eu era muito pequena; canto na igreja desde que tinha 2 anos. Com 6 anos, eu já dizia que queria ser cantora gospel”, disse, ao ressaltar que trabalhar em um programa infantil não estava nos planos.
“Foi inesperado. Eu fui participar de um concurso musical para tentar ser contratada por uma gravadora. Mas o [apresentador] Celso Portiolli viu que eu tinha algo diferente e pediu para eu fazer umas gravações. Ele mostrou para o Silvio Santos que concordou”, lembrou a artista. Na época, aos 9 anos de idade, ela ficou em quarto lugar na etapa final da competição da América Latina.
Houve muita censura pela tua ida ao show da Demi Lovato. O que você tem a dizer sobre isso? “Eu não me importo, porque fui com um intuito diferente. Eu ia ter a oportunidade de conhecê-la e falar de Deus. Toda vez que eu puder, vou levar a Palavra, independentemente do ambiente. Não fiz nada que deixasse Deus triste. Consegui falar para Demi que Jesus a ama e ela sorriu. Nas redes sociais até virou um fenômeno mundial, com a hashtag #JesusLoveYouDemi. Foi muito legal.”
O teu estilo é criticado dentro do meio evangélico? “As vezes recebo criticas, mas não rebato. Eu respeito a opinião, cada um tem sua cabeça, mas gosto de exigir respeito. É necessário ter os cristãos tradicionais e os mais doidinhos. Cada um na sua, desde que estejamos debaixo do mesmo propósito, que é levar a Palavra de Deus. Não tenho preconceito com nenhum tipo de música, apenas não compactuo com as que são contra os princípios cristãos.”
Como é a receptividade dos amazonenses? “Recebo muito carinho do pessoal pelas redes sociais. É um público muito caloroso. Eu tive poucas oportunidades de vir a Manaus, mas espero que minhas visitas se tornem mais frequentes. Quero deixar um beijo e um grande abraço para todos.”