Prefeito  pede urgência e união em defesa da Zona Franca de Manaus

0
45
Foto: Internet

Depois de receber a confirmação do fechamento da Pepsi-Cola Industrial da Amazônia Ltda. em Manaus, o prefeito Arthur Virgílio Neto chamou atenção, por meio de suas redes sociais, nesta quarta-feira, 4/12, para o futuro da Zona Franca e da Floresta Amazônica, a partida Reforma Tributária. Um dos maiores defensores do modelo de incentivo fiscal que garante a preservação da Amazônia, Virgílio diz que “é hora da nossa bancada (Congresso Nacional) se juntar com tudo que seja força viva deste Estado, bancada atual e futura, principalmente, para nós podermos defender aquele que é o único patrimônio e ganha pão do povo amazonense”, afirmou.

A Pepsi-Cola, pertencente ao grupo Pepsico, anunciou esta semana que irá sair do Polo Industrial de Manaus, depois de quase 20 anos de funcionamento na capital amazonense. O encerramento das atividades foi confirmado depois que o presidente Michel Temer reduziu os créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 20% para 4% do faturamento, como alternativa para compensar os gastos com o subsídio do óleo diesel, resultante da greve dos caminhoneiros.

“Absurdamente o governo Temer reduziu para 4% e depois tivemos uma recuperação de 8%, chegando a 12%, o que é pouco e não resolve absolutamente nada. Resultado, perdemos a Pepsi-Cola e a Ambev e a Coca-Cola estão analisando essa questão drástica”, alertou o prefeito de Manaus. Com o fechamento da fábrica, 51 funcionários foram desligados da empresa.

No vídeo publicado em sua página oficial do Facebook, Arthur Virgílio Neto chamou atenção para a importância mundial atribuída à Zona Franca de Manaus. “O mundo não admite que se trate mal a Amazônia e quem protege a Amazônia é a Zona Franca de Manaus. Precisamos ficar muito atentos. E chamo atenção para o superministro da Fazenda, o doutor Paulo Guedes”, apontou.

Segundo o prefeito, a Zona Franca tem importância na segurança nacional, no desenvolvimento econômico e é essencial para o equilíbrio do meio ambiente e para que não se avance sobre a Floresta Amazônica. “O fundamental é reformar a Zona Franca, fortalecê-la, dotá-la de novos polos e revitalizá-la. É muito comum um país apoiar com incentivos, quando são incentivos verdadeiros e válidos, regiões subdesenvolvidas. Foi assim na França, na Itália e na região do vale do Tennessee. Portanto, quem entende o que é válido usa os incentivos fiscais e nós temos feito isso e temos conseguido prestar um grande serviço ao país”, defendeu.

Por fim, Virgílio pede urgência no aproveitamento, inclusive em termos industriais, do polo de biodiversidade que, segundo ele, precisa ser o grande fortalecedor da nova Zona Franca de Manaus.

Comentário