Em novo texto da série de artigos relacionados ao Polo Industrial de Manaus (PIM), o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) reforçou nesta quarta-feira, 23/1, a preocupação com o fortalecimento da Zona Franca de Manaus (ZFM). Arthur destaca que a admiração e o valor da Amazônia para outros países são pontos-chave a serem observados pelo atual governo e deveriam ser motivos suficientes para o fortalecimento da Zona Franca de Manaus, já que a mesma é a grande responsável pela manutenção da floresta de pé.
“É muito forte o apelo mundial por políticas ambientais corretas. Daí o interesse que a floresta amazônica desperta no mundo inteiro. Interesse e preocupação. A proteção que o Polo Industrial de Manaus garante à estupenda cobertura florestal, que uns cobiçam e todos admiram, é motivo suficiente para sensibilizar o governo”, ressaltou o prefeito em novo post feito em sua página no Facebook.
Para Arthur, o desinteresse pela Zona Franca de Manaus deixará consequências desastrosas à Floresta Amazônica. ”É inteligente deixar morrer o instrumento que povoa fronteiras, alimenta milhões de brasileiros, mitiga as consequências perversas do aquecimento global?”, questionou o prefeito, alertando, também, que não é uma atitude sábia permitir que o desespero de milhares de pessoas ocasione o desequilíbrio da região dos rios amazônicos, que são vitais para o planeta.
O prefeito lembrou que o parque industrial da ZFM já faz do Amazonas o maior Estado em recolhimento de tributos da região Norte, além de gerar milhares de empregos para Manaus e famílias do interior do Estado e até de outras regiões do Brasil. “Acredito que o bom senso prevalecerá. Se não prevalecesse, teríamos o poder judiciário pronto para dirimir quaisquer pendências”, enfatizou.
A ZFM está protegida pela Constituição Federal até 2073, nos incentivos que recebeu e que são destinados a um projeto de diminuição de desigualdades regionais. “Não dá para dissociar a ZFM do objetivo de reduzir desigualdades entre regiões e nem dá para confundi-la com incentivos destinados a um setor apenas”, explicou Arthur.
O prefeito descreveu que, quando era senador, as montadoras de automóveis recebiam grandes incentivos, através de medida provisória, enquanto o polo de duas rodas de Manaus agonizava. Arthur contou, ainda, que nesta época, o alto financiamento do setor sucroalcooleiro também era comum. “E se afirmássemos que nenhuma grande indústria brasileira passa sem o aporte de recursos oficiais? Que as mais tradicionais, praticamente sem exceção, foram adubadas por isenções fiscais, financiamentos favorecidos ou outros que tais?”, indagou.
Arthur ressaltou ainda a exposição internacional do Brasil com o fim da Zona Franca. “Embora a ZFM não seja o único ponto estratégico do país, o fim da atividade industrial na região ameaçaria rios e florestas, comprometendo o futuro do país e causando uma exposição internacional de consequências extremamente negativas”, disse, ressaltando que é preciso deixar de alimentar preconceitos e conhecer, de fato, a Amazônia.
“Só assim o restante do Brasil enxergaria as diversas possibilidades que a floresta pode oferecer. Não entendendo a nossa região, fica mesmo difícil que alguém, lá do alto de seus títulos acadêmicos, consiga sentir o que a ZFM representa para o Amazonas, para a floresta, para o planeta. Mas seria bom que pensassem logo em suprir essa falha grave, mergulhando, com humildade, na essência desse cantinho prodigioso do universo. Nunca é tarde para se aprender mais, se é que já se aprendeu muito”, finalizou.