Segundo o evangelista David Jones, que trabalha junto para a organização evangelística Luis Palau, igrejas de diversas partes do mundo vivem um momento crítico, no qual um desequilíbrio entre discurso verbal e obras têm se desequilibrado na divulgação da mensagem do Evangelho.
“Estamos em um momento crítico para a Igreja em diversas partes do mundo, porque alguns acreditam que podemos levar o Evangelho todo ao mundo inteiro sem usar as palavras”, alertou.
O evangelista alertou que esta frase pode ser bonita, mas se torna “escorregadia”, pois abre espaço para a ideia de que pregar a mensagem da salvação (que inclui a denúncia do pecado) pode não ser necessária.
“Os defensores dessa crença costumam citar São Francisco de Assis, que supostamente disse: ‘Pregue o evangelho em todos os momentos; Se necessário, use palavras’. Este é o grito que clama que ‘o evangelho deve ser visto e não ouvido’. Esqueça! Os teólogos mais sérios duvidam que São Francisco tenha pronunciado esta frase, porque sabia que todos tinham o direito de ouvir a mensagem do Evangelho. Somos chamados a compartilhar essas Boas Novas com nossas palavras e com nossas vidas”, acrescentou.
David destacou uma passagem bíblica que reforça a importância da pregação para o evangelismo.
“Romanos 10: 13-15 nos lembra: ‘Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”, destacou.
Jones afirmou que o uso das palavras no evangelismo se faz necessário, porque o cristão é testemunha de Cristo e precisa delas para firmar seu relato.
“Uma das nossas marcas, como seguidores de Jesus é que queremos que todos saibam ‘que Cristo morreu pelos nossos pecados de acordo com as Escrituras, que foi sepultado, que ressuscitou no terceiro dia” (1 Coríntios 15: 3-4 ). Esta é a essência da nossa mensagem evangelística. É uma mensagem centrada na pessoa e obra de Jesus Cristo”, acrescentou.
“Essas verdades não podem ser explicadas através da linguagem corporal. Não podemos explicar o Evangelho apenas ‘expressões faciais’. A mensagem do Evangelho exige que sejamos testemunhas (Atos 1: 8), e as testemunhas usam palavras para compartilhar o que viram, ouviram e experimentaram”, acrescentou.
David Jones ainda alertou que a pregação do Evangelho se faz mais necessária do que nunca, já que a sociedade pós-moderna se tornou “biblicamente analfabeta”.
“Vivemos numa cultura biblicamente analfabeta. Se uma pessoa não tem qualquer conhecimento sobre a Igreja, não sabe nada sobre Jesus Cristo, Seu nascimento virginal, Seu sacrifício expiatório na cruz, Sua morte, sepultamento e ressurreição, Seu oferecimento de perdão de pecados, ou Sua oferta de vida eterna, então como esta mesma pessoa um dia saberá alguma coisa sem ouvir uma palavra sobre o assunto?”, questionou.