As pessoas da região de Tana Toraja, na ilha de Sulawesi, (Indonésia) seguem uma tradição um tanto incomum, depois que alguém morre passam-se meses, anos até que o funeral aconteça. As famílias guardam os corpos de seus parentes em casa, e cuidam deles como se estivessem apenas doentes.
Paulo Cirinda morreu há 12 anos, e sua filha , Mamak Lisa, guarda seu corpo dentro de casa como se ele ainda estivesse vivo. Tradicionalmente, folhas e ervas especiais são esfregadas no corpo dos mortos para preservá-los. Mas, hoje em dia, muitos usam formol.
“Embora sejamos todos cristãos”, explica ela, com a mão sobre o peito, “nossos parentes normalmente vem visitá-lo ou me telefonam para saber como ele está, porque acreditamos que ele pode nos ouvir e ainda está ao redor de nós”, disse Mamak Lisa.
A família de Cirinda conversa com ele, e tem até um recipiente para fazer suas necessidades, ele nunca é deixado sozinho e as luzes permanecem acesas quando anoitece em casa. Mamak Lisa diz que ter o seu pai dentro de casa ajudou-a superar o luto.