O Banco Bradesco entrou na Justiça do Amazonas contra o Porão do Alemão, de propriedade do vereador de Manaus William Alemão (Cidadania), por causa de uma dívida de R$ 539,1 mil. A instituição pediu a penhora dos bens e a inclusão da empresa em cadastro de inadimplentes caso a dívida não seja paga.
Na ação, o banco inclui o vereador como avalista da empresa dele e apresenta dois documentos assinados por Alemão que, segundo o Bradesco, comprovam a dívida.
Sem citar o tipo de operação bancária contratada por Alemão, o Bradesco apresentou demonstrativo do débito atualizado em junho deste ano que aponta como “saldo devedor vencido antecipadamente” o montante de R$ 489,3 mil. O documento indica ainda que não houve pagamento de quatro parcelas vencidas em 2021 que alcançam R$ 49,7 mil.
O Bradesco afirma que o título extrajudicial que baseia o pedido para obrigar o pagamento é complexo, mas é representado por um documento chamado “instrumento particular de confissão de dívida e outras avenças” e uma nota promissora, ambos assinados pelo vereador em outubro de 2020. Para o banco, os documentos comprovam a dívida.
De acordo com o instrumento de confissão, em outubro de 2020, Alemão firmou acordo para pagar quatro contratos vencidos que totalizavam R$ 493,8, sendo o primeiro de R$ 361,1 mil, o segundo de R$ 128,3 mil, o terceiro de R$ 3,9 mil e o quarto de R$ 446. O acordo previu o parcelamento de R$ 486,6 mil em 56 vezes, sendo a primeira parcela em fevereiro.
Sem receber o pagamento, o banco recorreu à Justiça. Na ação, a instituição pede o pagamento de R$ 539,1 mil acrescidos de juros, correção monetária, multa contratual e 10% de honorários. O banco sustenta que tentou solucionar a dívida de forma amigável, mas as tentativas se esgotaram e que não tem interesse em audiência de conciliação.
Procurado pela reportagem, a assessoria de William Alemão afirmou que responde apenas sobre assuntos relacionados ao exercício do cargo de vereador.
Fonte: Expresso AM