Na última quarta-feira (3) à noite, policiais interromperam o culto de uma igreja igreja doméstica na província de Guangdong, China, e prenderam 30 cristãos entre os que estavam presentes
Mais de 20 policiais invadiram a igreja doméstica de Zhongfu Wanmin, interrompendo o culto desta. Os membros da congregação tentaram tirar fotos da invasão dos policiais, mas os oficiais confiscaram todos os celulares, documentos de identidade e cartões bancários (crédito / débito).
“Como é possível que polícia venha a confiscar nossos cartões bancários?”, perguntou um pastor local enquanto relatava os acontecimentos a um repórter da organização ‘China Aid’. “Esta é uma mudança de comportamento muito recente entre os oficiais”.
Durante a ação policial, o pastor Li Peng foi espancado por oficiais, quando tentou tirar fotos para comprovar o abuso de autoridade.
Li foi detido com os 30 outros membros da congregação. Todos foram retirados da igreja, interrogados durante a noite, mas enquanto a maioria dos detidos foram libertados na manhã seguinte, o pastor continuou preso.
Huang Xiaorui, a esposa de Li, foi à delegacia pela manhã, mas os policiais recusaram-se a dar informações ou deixá-la visitar seu marido.
“Eles não me deixaram ver meu marido”, disse Huang. “Eu insisti que eu estava lá para entender qual era a acusação contra ele. Eu queria justiça. Eu esperei na delegacia toda a manhã, sem sucesso. Os outros irmãos e irmãs foram libertados em diferentes momentos e cada um deles foi questionado por um tempo muito longo. Eu mesma fui interrogado por mais de uma hora. O crente mais velho que detiveram é uma avó, com mais de 80 anos de idade. Havia também crianças entre os detidos”.
Por causa de um casal americano e seus dois filhos presentes na reunião, as autoridades acusaram a igreja de “abrigar estrangeiros” e de “se reunir ilegalmente”, porque a congregação doméstica não era registrada, nem autorizada pelo governo.
A família americana foi detida depois que a polícia retirá-la do hotel onde estava hospedada, de acordo com Huang.
“Nunca ‘abrigamos’ estrangeiros”, disse Huang. “Nós vivemos em Tangxia. Uma família de nossa igreja é americana, mas eles estão registrados como residentes de Hong Kong. Eles se juntaram à Igreja de Tangxia há mais de uma década e simplesmente queriam participar do culto na nossa igreja nesta quarta-feira”.