Todo pastor espera que sua igreja tenha impacto em sua comunidade local – mas até mesmo os melhores ministérios e programas têm limitações. Muitas vezes, os pastores devem contar com a ajuda e liderança de seus membros para investir na vizinhança de sua igreja.
Em um estudo recente, o Instituto Barna comparou o impacto de iniciativas lideradas por leigos – fiéis sem formação teológica ou posição de liderança – nas comunidades locais e o que acontece quando cristãos praticantes – membros sem cargo – se reúnem para fazer o bem em seus bairros.
Essas descobertas e muitas outras são apresentadas no estudo Better Together [Melhor juntos], o terceiro de uma série de relatórios do instituto.
O poder dos líderes leigos e dos cristãos ainda é sentido, mesmo nas circunstâncias únicas de 2020. Ainda há inúmeras maneiras de os seguidores de Cristo continuarem a ser uma influência bem-vinda em suas comunidades.
Glenn Barth, líder do ministério GoodCities, incentiva “os líderes da igreja a começar a avaliar os resultados e analisar o que significaria reorientar a forma como avaliamos a liderança e os pastores da igreja, não apenas o quão bem eles lideram os membros que já fazem parte da nossa igreja, mas quão bem eles nos ajudam a servir nossas comunidades”.
Como as igrejas nutrem e incentivam os membros
Embora as principais prioridades dos pastores – o culto (29%) e o ensino (27%) – se concentrem em torno dos cultos dominicais, as iniciativas lideradas por leigos se encaixam bem em muitos de seus objetivos declarados.
Não é difícil ver como o envolvimento dos membros em grupos que atuam e impactam em seus bairros poderia proporcionar oportunidades para um alcance efetivo e evangelístico, construir relacionamentos e, é claro, engajamento comunitário, todos classificados entre as prioridades dos pastores.
Enquanto esses grupos podem se reunir fora das estruturas formais da igreja e do ensino, tais iniciativas independentes também poderiam ser encorajadas como parte do discipulado – a prioridade número um para um em cada quatro pastores (25%).
Esses grupos comunitários podem não apenas levar a experiências práticas e presenciais em trabalho social, mas também, como os cristãos praticantes nos dizem, contribuir para o crescimento espiritual pessoal, assim como muitos outros benefícios.
Os resultados da pesquisa podem estar pregando ao púlpito aqui; os pastores já vêem um tremendo valor em iniciativas lideradas por leigos – na verdade, a maioria prefere que sejam novos programas da igreja (40% concordam fortemente, 52% concordam um pouco) e sente que leigos assumindo responsabilidades é uma marca de uma igreja cada vez mais saudável (68% concordam fortemente, 28% concordam um pouco).
Assim, quase todos (97%) podem pensar em pelo menos um ministério liderado por membros que teve um impacto positivo em sua igreja, com mais de dois terços (68%) dizendo que todos eles têm sido um benefício.
Embora os pastores ainda assumam muita responsabilidade pessoal em vários aspectos de compartilhar o evangelho ou fazer boas obras, suas respostas indicam que eles estão contando com todos em sua congregação para assumir a missão de representar a Igreja na comunidade.
Em alguns casos, é mais provável que eles coloquem a responsabilidade sobre toda a igreja como um corpo do que sobre os líderes da igreja ou mesmo sobre si mesmos. Entre as coisas que eles especialmente esperam que qualquer membro possa abraçar estão o evangelismo e o testemunho (85%), mostrando aos outros como viver como cristãos (79%), ajudando os pobres (77%), ensinando aos outros sobre Deus (60%) e dando ajuda prática aos que estão doentes, em transição ou crise (59%).