MUNDO| Há cinco falsos evangelhos sendo espalhados pelas igrejas hoje, de acordo com o pastor canadense Erwin W. Lutzer. Suas reflexões foram feitas em conversa com Darrell Bock, professor sênior de pesquisa do Novo Testamento no Seminário Teológico de Dallas (EUA), em um episódio do podcast “The Table” publicado na segunda-feira (13).
O primeiro dos falsos evangelhos é o da “graça permissiva”, que defende que as pessoas podem ter graça sem transformação pessoal.
“Temos que pregar sobre o pecado e fazer isso com compaixão, para que as pessoas saibam que precisam da abundante e imerecida graça de Deus”, disse Lutzer. “Mas hoje muitas pessoas pregam a graça antes mesmo de as pessoas realmente saberem que precisam dela”.
O segundo falso evangelho descrito por Lutzer é o “evangelho da justiça social”, que deixa de lado a conversão pessoal em nome do assistencialismo.
“A justiça social, por melhor que seja, no seu melhor, não é o Evangelho. Pode ser o resultado do Evangelho, dependendo de como é definida. Você pode ir para a África ver que vários hospitais foram construídos por missionários. Sempre tivemos uma consciência social, mas a justiça social não é o Evangelho. O Evangelho não é o que podemos fazer por Jesus; é o que Jesus fez por nós”, analisa.
O pastor também listou os conceitos da “nova era” como um falso evangelho que está entrando nas igrejas evangélicas. “Fico feliz com a formação de estudos sobre espiritualidade que nos ajuda a caminhar no Espírito, mas muitas vezes, eles são combinados com as religiões orientais”, afirma.
Ele também cita o “evangelho da sexualidade”, no qual as igrejas não denunciam os pecados sexuais. “Há muitos que se declaram evangélicos, mas aceitam o casamento homossexual, porque o conceito de amor está sendo definido de maneira contrária às Escrituras”.
Uma ameaça às igrejas evangélicas apontadas pelo pastor é o “diálogo inter-religioso”, especialmente com os muçulmanos. “Não me oponho aos debates. E, claro, eu também acredito que precisamos fazer amizade com os muçulmanos”, explicou Lutzer.
Por outro lado, Lutzer citou declarações de apologistas islâmicos que ensinam como convencer a sociedade sobre sua visão religiosa, usando argumentos como “o Islã sempre defendeu a justiça das mulheres”, “o Islã sempre esteve na linha de frente dos direitos civis” e “Maomé foi um homem de paz que tentou atrair judeus e pagãos”.
“Como você leva o Islã para um público que provavelmente nunca viu um Alcorão, muito menos leu, ou o Hádice, e como você os vende em uma versão do Islã que será aceitável? Muitas pessoas estão se apaixonando por isso e eu advirto contra isso”, acrescentou Lutzer.
A explicação de Lutzer sobre os falsos evangelhos foi tirada de seu livro, publicado em agosto de 2018, intitulado The Church in Babylon: Heeding the Call to Be a Light in the Darkness (A Igreja na Babilônia: Atendendo ao Chamado para Ser uma Luz nas Trevas).