Pastor inicia igreja só com moradores de rua e sem paredes

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O pastor Jerry Vineyard estava em um momento difícil de seu ministério. Depois de passar uma década como membro da equipe pastoral em duas igrejas e depois assumir como pastor principal, estava insatisfeito. “Eu não sabia o que fazer. Todos os meus problemas pareciam estar sendo causados pela necessidade de possuir um edifício”, desabafa.

Depois de algum tempo, começou a perceber que “talvez eu poderia começar uma igreja sem um edifício.” Decidiu então iniciar um trabalho totalmente diferente e chamou outro pastor. Surgia o ministério Under Over, voltado para cultos fora do templo onde pregava aos domingos.

Eles faziam cultos em um lugar diferente a cada fim de semana. Isso inclui parques, centros sociais e lares de idosos. No entanto, logo percebeu que ele não poderia discipular pessoas que viviam em constante movimento.

Os dias passaram e as coisas ficaram difíceis. Jerry perguntava a Deus o que ele devia fazer. Um dia, entrou no santuário de sua igreja e começou a orar e cantar. Foi interrompido por uma moradora de rua que entrou na igreja e pediu: “Você pode me ajudar?”. Foi então que ele percebeu que precisava começar uma igreja “sem paredes”, para qualquer pessoa que desejasse participar.

Agora, cinco anos depois, essa igreja cresceu e continua se reunindo no Parque Heritage Place, na cidade de Conroe, no Texas. Segundo o site oficial, o ministério tem como pilares a oração, o evangelismo e o discipulado. Todos os domingos eles se reúnem para um tempo de louvor, oração e depois fazem refeições comunitárias.

Atualmente eles reúnem cerca de 75 membros, metade são moradores de rua. Mantém duas casas de passagem, como programas de “transição e de reabilitação” para homens e mulheres que desejam sair das ruas e voltarem a ter uma vida “normal”.

O pastor Vineyard lamenta que “na maioria das igrejas, tanto dinheiro é investido em um prédio que acaba sendo utilizado apenas três ou quatro horas por semana”. E avisa: “Se eu fosse comprar um prédio hoje seria para usá-lo 24 horas, sete dias por semana”.

Parte do problema das igrejas, em sua opinião, é que elas “terceirizaram seus ministérios para outras organizações cristã, mas Jesus nunca disse que o chamado para servir os necessitados deveria ser de organizações eclesiásticas, mas sim de todo o corpo de Cristo”.
Enfatiza ainda que não é fácil. “Você vai sujar as mãos e vai se envolver na vida de pessoas com muitos problemas. É sujo e doloroso, mas vale a pena”, enfatiza. Com informações de Gaceta Cristiana

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