Os cristãos novos convertidos que abandonaram o budismo no sudeste asiático acabam sendo presos em circunstâncias muito difíceis. Dok*, que é natural do Laos ficou preso por 13 anos, após descobrirem que ele havia se convertido ao cristianismo.
Recentemente, uma equipe das Portas Abertas o visitou para saber como ele estava e descobriu que prisão não o enfraqueceu. Na verdade, ela o tornou um evangelista ainda mais eficiente. Cinco anos se passaram e suas experiências são tão vívidas, como se ele ainda estivesse preso ontem. Como era o sentimento de estar na prisão? O que o manteve fortalecido ali? E meia década após a prisão, o perigo de ser encarcerado novamente desapareceu, de fato?
Era junho de 1999. Em uma cela pequena, escura e fria, um homem de 50 anos de idade estava no chão em posição fetal. Ele estava tremendo, mas não sabia se era devido ao frio ou à dor que se espalhava pelo seu corpo.
Dok*, que agora tem 74 anos, foi o primeiro de sua província que se converteu ao cristianismo. Ele também foi o primeiro a ficar preso por 13 anos anos por pregar o evangelho, especialmente para a tribo Khmu, que faz parte de sua província.
Transformação
Mas antes de se converter e se tornar o líder de uma denominação com mais de 60 igrejas, ele já esteve nas forças armadas de seu país, ocupando a patente de major. Embora fosse o seu dever, defender os humildes, ele era abusivo em seu poder. Ele também agredia sua esposa e seus filhos, por causa de seus exageros com a bebida alcoólica.
“Meus filhos costumavam se esconder perto do banheiro toda vez que eu estava com raiva, porque eu usava uma faca para ameaçá-los”, ele compartilhou.
Mas, mais tarde, em sua vida, Cristo o encontrou e ele se entregou a Jesus, reconhecendo-O como seu Senhor e Salvador pessoal.
A partir de então, tudo se tornou diferente para a Dok. Seu modo de falar, seus costumes, seus atos… tudo isso mudou. Seguindo o que a Bíblia diz, Dok proclamou a bondade do Senhor, evangelizando o povo de sua província. Muitas pessoas se aproximaram dele – alguns para confirmar que ele realmente mudou, mas muitos, Dok acredita que foram levados pelo Espírito Santo.
A cada dia que Dok compartilhava o Evangelho, mais e mais pessoas se aproximavam dele. Suas palavras se espalharam para toda a província, as autoridades ouviram e receberam um aviso sobre aquele novo evangelista. Ele pediu às pessoas que não se aproximassem mais em grande número ou, pelo menos, minimizassem o número de visitas a ele. No entanto, as pessoas não podiam mais ser contidas e chegavam em números cada vez maiores.
Até aquela manhã fatídica de junho, quando dois policiais chegaram à sua casa, quando ele foi preso, pouco sabia ele que seria a última vez que ele veria sua esposa e seus filhos por muitos meses.
Informações: Guiame