Oscar Bougardt, pastor e líder da igreja Calvary Hope, na Cidade do Cabo, África do Sul, foi condenado a 30 dias de prisão e a pagar 500 mil rands ( cerca de R$ 140 mil), pelo juiz Lee Bozalek do Tribunal da Igualdade na Cidade do Cabo. O motivo são os comentários antigays feitos publicamente pelo pastor.
O Tribunal considera que ele cometeu desacato após ignorar a ordem judicial que o proibia de fazer comentários sobre gays. No entendimento do juiz, as palavras do pastor “Instilavam o ódio e eram claramente discriminatórios”. O líder religioso havia sido processado pela Comissão de Direitos Humanos da África do Sul em 2014. Não chegou a cumprir pena pois assinou um acordo no qual se comprometia a não fazer mais comentários considerados homofóbicos.
Em sua última declaração o pastor disse que gays são “pervervetidos” e atribuiu a “maldade crescente a homossexualidade, além de líderes de igrejas que não pregam a Bíblia e nem condenam a abominação sodomita”.
Na sentença o juiz diz: “Essas declarações não apenas desumanizam gays e lésbicas, mas também promovem o ódio contra eles, sugerindo o apedrejamento”.
O único país do continente africano que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo é a África do Sul.