O Papa Francisco quer saber ao certo o que se passa na localidade bósnia de Medjugorje, onde desde 1981 são reivindicadas aparições da Virgem Maria, que nunca foram reconhecidas pela Igreja Católica. O facto de a localidade se ter transformado nos últimos anos num dos maiores lugares de peregrinação mariana do Mundo, fez com que o Papa nomeasse um representante “para adquirir informação aprofundada da situação pastoral”.
O enviado especial será o polaco Henryk Hoser, arcebispo de Varsóvia, e a sua missão em Medjugorje deve iniciar-se ainda antes do verão. O Santuário bósnio nasceu depois de em 1981 seis crianças pastoras terem afirmado que a Virgem Maria lhes tinha aparecido nos arredores da cidade e que traz uma mensagem de paz e oração para o Mundo. A Igreja Católica sempre viu este fenómeno com grande ceticismo, mas a verdade é que o volume de peregrinos tem crescido de forma exponencial, rivalizando já com os maiores santuários marianos da Europa, como Fátima.
Só em 2016, estima-se que tenham visitado Medjugorje mais de cem mil fiéis portugueses. As crianças pastoras são hoje adultos e continuam a afirmar que Nossa Senhora lhes aparece uma ou até mais vezes por dia. Aliás, eles asseguram que em 35 anos a Virgem Maria lhes apareceu mais de 40 mil vezes. O Papa Francisco esteve em junho de 2015 em Sarajevo, capital da Bósnia-Herzegovina, e no regresso a Roma prometeu tomar uma decisão sobre o “problema de Medjugorje”.