Pablo promete entrega com a camisa do Flamengo: “Irei dar minha vida por esse clube”

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Terceiro reforço contratado pelo Flamengo para 2022, o zagueiro Pablo foi apresentado nesta quinta-feira no Ninho do Urubu. Já regularizado, falou da expectativa de começar sua trajetória como jogador rubro-negro. Antes das primeiras palavras, foi muito elogiado por Marcos Braz, que fez um agradecimento especial pelo fato de o atleta ter feito grande esforço de defender o clube.

– Satisfação imensa escutar essas palavras. Estou muito contente, muito animado e muito motivado para contribuir o máximo possível. Irei dar minha vida por esse clube de uma grandeza imensa, de uma camisa pesadíssima. Os esforços foram feitos dos dois lados. O Flamengo foi muito feliz na negociação, e eu também sou muito grato por todo esse esforço e pela oportunidade de continuar minha carreira aqui – disse Pablo.

Pablo afirmou ter relação com o vermelho e preto de longa data. Revelou que o pai, Seu Evilásio, é Flamengo, assim como outros familiares:

– Não tem como não dizer que o Flamengo sempre vai estar no coração desde pequeno. Sempre acompanhei. Meu pai é flamenguista, mandar um abraço ao Seu Evilásio. Sempre acompanhei. É um sonho não só meu, mas de muita gente. É especial por mover muitos corações. São muitas pessoas que estão contentes por eu estar aqui. E pessoas da minha família. É esse carinho que faz eu me sentir já em casa. E por toda a recepção e pela forma que as pessoas têm me recebido.

Pablo falou sobre a sensação de assistir ao clássico contra o Vasco, quarta-feira, no Maracanã – os rubro-negros venceram por 1 a 0 e têm a vantagem na semifinal do Carioca.

– Sensação diferente de tudo que já vi, torcida apaixonada que apoia sua equipe durante os 90 minutos. Barulho bem alto durante o jogo. Oportunidade de continuar carreira e fazer tudo que já fiz antes, mas com responsabilidade bem grande. Flamengo é mundialmente conhecido. Estou preparado – contou o zagueiro.

Onde se vê no time?

– Me vejo ajudando, acredito que essa parte fica pelo lado do Mister. Cara muito inteligente, que eu conheço muito bem. Vou trabalhar para conseguir o meu espaço, mas vamos colocar a instituição Flamengo como prioridade sempre. Pois, quando a equipe vence, o individual aparece igual. O Flamengo vem em primeiro lugar.

Trabalho com Paulo Sousa e como deve ser utilizado

– Fica difícil falar onde ele deve me utilizar pois o Pablo muda muito devido à circunstância do jogo. Qual time, qual tática. Não tenho nada definido e vou estar à disposição. Confio muito no Paulo, ele está colocando uma filosofia de trabalho no Flamengo, e isso precisa de adaptação. Acredito que, com o tempo, o time dele vai estar com as peças mais bem definidas. O trabalho vai encaixar perfeitamente com o tempo.

– Já falei isso na Fla TV. O Flamengo é um time europeu no Brasil, isso não falo da boca para fora para me valorizar com a torcida ou dirigentes, mas sim pela estrutura. Estive vários anos na Europa. Se o Flamengo não está melhor, está igual (aos clubes da Europa). Temos muita qualidade e vamos disputar todos os títulos. Também a minha parte profissional. Tenho 30 anos, tenho uma carreira pela frente. Não vou mentir e falar que não penso na Seleção. E o Flamengo pode me proporcionar isso.

Motivos que fizeram escolher o Flamengo

– Esses detalhes profissionais me fizeram estar aqui. Pela grandeza, pela camisa e pela força. Os sinais foram bem claros. Meu empresário disse que o Braz ia me ligar, e eu disse: “Não, eu vou para o Rio”. Estou muito feliz e honrado por estar participando desse grande projeto que é o Flamengo.

O que mais aprendeu com Paulo Sousa?

– Sempre fui um atleta muito determinado e de imposição física, mas antigamente não gostava muito de tentar jogar com a bola porque se faz um esforço muito grande para recuperá-la. Ele me tirou da zona de conforto e me cobrou muito. É difícil você querer fazer isso, e ele pegava muito no meu pé nesse sentido. Foi uma das coisas que fez muito meu futebol melhorar na Europa. As pessoas me avaliavam de uma forma ainda mais profissional. Não era só um jogador firme, forte e que chegava forte. Acho que esse foi o aspecto mais pontual que conseguiu melhorar na minha posição.

O que mudou do Corinthians para cá?

– A barba e o cabelo. Acho que se passaram quatro ou cinco anos. Faz o cálculo para mim. Acho que é a experiência.

Estrutura

– A impressão foi espetacular. Já tinha visto a estrutura por vídeo, mas pessoalmente é uma coisa ainda mais diferente. Estava comentando com o Marcos que tudo está interligado na Europa. Citei alguns clubes da Europa com boa estrutura, mas que não tinham tudo no mesmo canto.

Corredor polonês e jogadores com quem atuou

– Joguei com o Rodinei na Ponte Preta e com o Filipe na Seleção. A recepção foi maravilhosa, vocês viram o corredor que fizeram para mim. Tapa, chute, foi perfeito… Os caras me amam (risos).

Favoritismo na Libertadores

– Esse favoritismo tem que ser colocado em campo. Sabemos que o Flamengo tem essa responsabilidade pelo elenco que tem, mas vamos trabalhar muito para que esse favoritismo seja reconhecido em campo. Sabor muito especial de estar numa equipe que tem chances de ser campeão.

Rodízio de jogadores de Paulo Sousa

– Conheço o Paulo muito bem, e ele sempre vai priorizar a equipe. Acho que essa forma dele é para deixar todos muito preparados. Vou me dedicar nos treinos e me esforçar ao máximo. Ninguém que joga no Flamengo tem que ter cadeira cativa, e isso só quem ganha é o Flamengo.

Tem condições de estrear contra o Vasco, no domingo?

– Essa pergunta você vai fazer pro mister. Eu tinha mais ou menos nove ou 10 dias com trabalhos individuais. Fiz pré-temporada normalmente, não tive problemas, mas é claro que é diferente quando não treina com o grupo ou com bola. A escalação você vai ter que perguntar para o mister, eu já estou trabalhando há três dias. Me sinto bem.

Quem volta da Europa sobra?

– Tem que trabalhar muito. Sou um jogador de muita determinação, foco e esforço. Sou muito detalhista. Toda uma preparação que faço para jogos e treinamentos. Não falo isso para me vangloriar. Sou um cara forte, sou destro, mas também jogo com a perna esquerda. Acho que não tem muito o que falar. A intensidade no futebol europeu é muito bem pressionada e com muita intensidade. Os atacantes são muito intensos, mas a adaptação só vai ser positiva se eu mantiver a intensidade que tinha no futebol europeu.

Volta da Rússia

– Todo mundo achou que seria muito fácil contratar jogadores da Rússia e da Ucrânia. Guerra não traz benefício para ninguém, mas o mais importante acredito que seja a vontade de ambas as partes. Quando isso é colocado em mútuo acordo a chance que isso dê certo é muito grande.

– As dificuldades que estávamos passando na Rússia na parte financeira. Saíamos do Brasil por conta da parte financeira. Não fazíamos mais as transações financeiras que fazíamos. Tudo isso gerou incômodo pessoal. A partir daí resolvi voltar para o Brasil sem nada.

– Pedi minha rescisão de contrato, abri mão do meu contrato. Isso me valoriza. A direção do Lokomotiv queria ser recompensada, mas é complicado falar isso. O mais importante é que deu certo.

Carinho da torcida

– Proporção gigantesca. A torcida do Flamengo é a maior do Brasil. É espantoso, e você sabe que a responsabilidade é muito grande. Sei da minha responsabilidade como profissional e como humano. Vamos trabalhar muito para que essa proporção aumente. Quando você mostra resultado, hoje com o que temos de mídia e rede sociais, a repercussão é positiva se você faz as coisas corretas.

Pai e familiares rubro-negros

– Não tem como não dizer que o Flamengo sempre vai estar no coração desde pequeno. Sempre acompanhei. Meu pai é flamenguista, mandar um abraço ao Seu Evilásio. Sempre acompanhei. É um sonho não só meu, mas de muita gente. É especial por mover muitos corações. São muitas pessoas que estão contentes por eu estar aqui. E pessoas da minha família. É esse carinho que faz eu me sentir já em casa. E por toda a recepção e pela forma que as pessoas têm me recebido.

Diferença em relação à primeira aproximação do Flamengo, feita há cinco anos

– A diferença foi a forma como a gente conduziu a negociação. Tudo estava bem claro para ambas as partes. Fica mais fácil com que isso aconteça. Acredito que é a vontade da minha parte, a vontade do Flamengo em fazer com que isso aconteça. Estou muito feliz e vou me doar ao máximo para que eu consiga implementar meu futebol.

Já conversou com Paulo Sousa uma forma de ajudar aos atletas

– Esse tipo de conversa específica e tática não tive com o Paulo. Acho que a minha vinda vai ajudar muito a ele. Não conversei taticamente com ele, só coisas normais do dia a dia e da alegria de estarmos trabalhando juntos novamente.

Fonte: GE

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