Mesmo após o cancelamento da polêmica exposição “Queermuseu”, da nota com um pedido de desculpas e a promessa de que devolveria os R$800 mil captados via Lei Rouanet, o banco Santander continua sofrendo as consequências da realização de um evento que promovia a pedofilia, zoofilia e vilipendiava imagens relacionadas ao cristianismo.
Após perder mais de 20 mil correntistas em apenas dois dias, igrejas e líderes religiosos de diversas partes do Brasil também começaram a se manifestar publicamente, expressando seu repúdio à exposição, como foi o caso da Igreja Batista do Bacacheri, no Paraná e agora a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil.
Em um comunicado oficial, a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil (OPBB) afirmou: “Em se mantendo essa postura pelo Banco Santander SA ou outras Instituições Público Privadas, incentivaremos a desistência de contas, parcerias ou consumo por nossas Instituições, Igrejas e membros”.
O Portal Guiame teve acesso ao documento, que registrou a dura crítica da Ordem dos Pastores à exposição realizada pelo Santander Cultural e, consequentemente, ao banco por ter apoiado a realização do evento.
“À luz da exposição da mostra de Arte Queermuseu, ocorrida no dia 15 de agosto de 2017 na cidade de Porto Alegre, na qual há o incentivo à pedofilia, zoofilia, prostituição infantil e outros temas ligados à sexualidade humana, afrontando abertamente os valores morais da sociedade bem como os princípios bíblicos que fundamentam a fé Cristã, com patrocínio da instituição financeira Banco Santander SA, sob pretexto de incentivo à cultura, mas contrária aos valores da família brasileira, repudiamos esse tipo de iniciativa, que em nada contribui com a estruturação da família e do equilíbrio social”, destacou parte da nota de repúdio.
“Num tempo de extrema violência, abusos sexuais, vulnerabilidade da mulher, erotização infantil, haver esse tipo de promoção, por meio de uma instituição financeira reconhecida nacional e internacionalmente, nos deixa perplexos, pois vai contra a construção de uma sociedade saudável e estruturada”, acrescentou o documento.
Tentativa de retratação
Em comunicado divulgado na segunda-feira da semana passada (11), o banco Santander pediu “sinceras desculpas a todos aqueles que enxergaram o desrespeito a símbolos e crenças na exposição ‘Queermuseu”.
O Santander Cultural também informou que resolveu devolver R$ 800 mil captados via Lei Rouanet para a realização da Exposição.