Retomada em janeiro de 2019 a obra de construção do Hospital do Sangue da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam) está com 50% de conclusão. Atualmente o complexo está em fase de infraestrutura de instalações, revestimentos e pintura e deve ser entregue até o segundo semestre de 2020. Com 15 mil metros quadrados, o Hospital do Sangue vai aumentar em até seis vezes a capacidade atual de assistência hematológica e oncohematológica do Amazonas.
“Estamos evoluindo para atender e ser referência no tratamento do câncer infanto-juvenil e doenças do sangue para toda região norte do Brasil. Hoje, estamos funcionando dentro do limite”, disse a diretora-presidente do Hemoam, Socorro Sampaio.
O Hemoam conta hoje com 26 leitos de internação e atende uma média anual de mais de 900 pacientes. O Hospital do Sangue terá 157 leitos, o que dá uma projeção de ampliar a capacidade de internação para mais de cinco mil pacientes/ano. O hospital atenderá 100% do câncer infanto-juvenil, além das doenças benignas e malignas do sangue.
“O Hospital do Sangue também deve incorporar o transplante de medula óssea. Atualmente, os casos de transplante precisam ir para Jaú (SP) e consideramos que, além do custo financeiro, esse deslocamento não é bom para os pacientes que precisam mais do que nunca do seio familiar”, avaliou a diretora, que também é médica hematologista pediátrica.
Antecipação – A celeridade na construção e os repasses regulares pelo Governo do Amazonas devem antecipar o prazo de inauguração da obra para junho. A previsão inicial era para dezembro de 2020. “A obra civil deve ser entregue primeiro e estamos trabalhando arduamente em paralelo para garantir toda estrutura necessária de Recursos Humanos, equipamentos e mobília”, disse a diretora. A segunda etapa da obra civil está custando o valor de R$ 39 milhões.
As instalações atuais da Fundação Hemoam continuarão funcionando com o setor administrativo, coleta e distribuição de sangue, laboratórios de análises clínicas e o departamento de ensino e pesquisa. A estrutura existente garante mais de um milhão de atendimento para a população do Amazonas e de estados vizinhos.
FOTOS: TÁCIO MELO/SECOM