Ao fundo da imagem, um boneco, quem vê de longe, imagina um simples boneco de pano. Conforme se aproximam, é possível sentir o terror, apenas observando. Trata-se de um cadáver exposto na entrada de Mossul.
Vários cadáveres vêm se revelando, mostrando a crueldade do Estado Islâmico, e do que eles são capazes. Na imagem é possível observar que as pernas estão cobertas com uma ceroula de algodão, e uma das meias está faltando. Os membros superiores, já não existem mais. O crânio possui uma cavidade do tamanho de um punho fechado. Para evitar que o corpo do “boneco” caia, um dos pedaços retorcidos de metal, servem como uma espécie de banco. Muitas pessoas se aproximam e tiram fotos, e comentam que esse é o fim de quem faz parte deste grupo terrorista.
Estima-se que 3.000 mortes já foram contabilizadas, desde o início de uma operação contra o EI, no dia 17 de outubro do ano passado. Muitos corpos permanecem espalhados pela cidade, causando terror, tristeza e dor. “Eu pedi várias vezes para o Exército recolher esses cadáveres. Eles não são bons para a saúde das pessoas, tanto física como mental”, esclareceu Ahmed Hamil, um dos médicos do único hospital civil da cidade, e ainda relatou que nos últimos dois anos e meio ele vem trabalhando sob ordens do EI, assim como todos que vivem ali.
Os moradores permanecem temerosos de tocar nos cadáveres, com medo de que hajam explosivos, mesmo desaprovando as práticas do Estado Islâmico. A forma de como os corpos são recolhidos é triste e comovente, são descartados e levados em grandes caminhões para valas cavadas, nas extremidades da cidade, sendo o mesmo destino de sujeira e lixo.