Começo de ano e sempre tem aquelas coisas que já se tornaram tradicionais em nosso país, uma delas é mais uma edição do Reality Show Big Brother Brasil.
Com mais uma edição, sempre vem junto uma enxurrada de criticas ferrenhas ao mesmo por parte do público evangélico por meio das Redes Sociais. Até campanhas já foram feitas com o objetivo de fazer a emissora de TV não levar mais ao ar a atração que quase sempre alcança altos picos de audiência, este ano o programa chegou à 17 edição. Ou seja, são exatos 17 anos de reclamação por parte dos cristãos evangélicos e ao que parece sem efeito algum.
Sobre as reclamações, o programa conta com bastante apelo sexual, traições, violência verbal além de uma incitação clara à ganância que é o que basicamente move o programa. Mas espere um pouco… Não é isso que também podemos ver em filmes e novelas na televisão? Qual a razão do BBB causar mais desconforto nos evangélicos do que outros programas?
Bem, a questão é que filmes e novelas por mais corrompidos moralmente que sejam sempre nos fazem lembrar que tudo não passa de fantasia, mas o BBB é feito com pessoas reais, é como se fossem animais em um zoológico que naturalmente não deixam de ser o que são por estarem confinados, sabemos que não são personagens fictícios, ali há personalidades que compõem a nossa sociedade. Assim sendo, constatamos que o programa passa a ser uma espécie de espelho moral do nosso tempo que naturalmente é rejeitado por delinear de maneira precisa a triste condição em que nos encontramos.
A emissora mantém no ar a 17 anos este Reality Show porque há audiência para isso e naturalmente patrocinadores para o manterem. É um programa ruim do ponto de vista cultural, visto que nada acrescenta nesse sentido, já para aqueles que gostam de celebrar as fraquezas humanas e nossos instintos mais primitivos, é um prato cheio. Assim se delineia seus expectadores, ao que parece há muito de nós naquilo que escolhemos assistir, então é bobagem querer que desligue a TV aquele que alegremente se vê nela.