Wilker Barreto, o prefeito em exercício de Manaus atualmente, se recusou a diminuir o preço da tarifa dos transportes públicos. Durante uma reunião com vários órgãos, a conselheira-relatora do caso, Yara Lins, propôs que o valor da passagem caísse temporariamente para 3,50 sem os subsídios do governo do estado para as empresas do transporte coletivo até que a planilha fosse analisada, no entanto a proposta não foi aceita. “É impossível” disse Wilker Barreto.
Para o prefeito, o governo do estado deveria voltar atrás e conceder novamente os subsídios para as empresas. “Não há nenhuma maquiagem, não há nenhum número contrário. Obviamente, tenho que certeza, que vamos chegar a um bom senso já que todo sistema de transporte coletivo das grandes capitais precisa ser subsidiado pelos governos”, esclareceu Barreto.
Carmine Furleti, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), disse que as empresas foram punidas pela inadimplência de algumas empresas que não atuam mais no sistema de transporte coletivo da cidade. O presidente do Tribunal de Contas do Estado, Ari Moutinho Junior, deu prazo de até 72h para que técnicos do TCE, Ministério Público (MPE) e Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) façam uma nova análise da planilha, onde contém os gastos das empresas. “Até sexta-feira eles irão validar essa tarifa e vamos propor que o Estado e o Município entrem em um entendimento que traga benefícios para os usuários. Que os técnicos digam se a tarifa é real ou não”, disse Moutinho.
O procurador do Ministério Público de Contas Ruy Marcelo alegou durante uma reunião com os representantes que as empresas do sistema de transporte coletivo de Manaus devem aproximadamente R$ 149 milhões aos cofres públicos, as dívidas vão desde multas por falta de recolhimento de tributos até multas por falta de renovação de frotas. O representante jurídico do Sinetram Fernando Borges disse que as empresas também não reconhecem dividas relacionadas ao IPVA.