Durante audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, realizada nesta quarta-feira (23), o deputado federal Silas Câmara criticou o aumento dos preços dos combustíveis e questionou o governo federal sobre soluções para o problema, que tem gerado manifestações.
Silas afirmou que os governantes precisam conversar e decidir pelo corte de gastos supérfluos, além de ter utilizado o Amazonas como exemplo. “42% do que se paga em combustíveis vai para os cofres do governo do Estado e do Governo Federal. Não precisa o Congresso se alvoroçar para debater a questão. O presidente da República deve sentar com sua equipe e definir o que cortar para equilibrar essa conta. Pode começar pelos custos supérfluos do governo com propaganda”, sugeriu.
Câmara esclareceu, ainda, que a solução não é responsabilidade dos donos de postos e da Petrobras, e sim do Governo Federal. “Não precisa ser muito inteligente para admitir que se a Petrobras e se o Brasil está passando pelo que está passando, isso tem uma origem que está sendo corrigida”, afirmou. O deputado relatou que se as reclamações vêm do centro de Brasília, imagina a situação dos interiores dos estados. “Imagina quem mora lá no município de Envira, no rio Tarauacá, interior do Amazonas, onde uma embarcação passa 30 dias para chegar no município para poder ter luz, para os carros andarem, as pequenas rabetas pescarem. Lá eles estão pagando seis reais pelo litro de gasolina”, completou.
Deputado Federal pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), Silas Câmara declarou que o Brasil precisa ser reinventado sem ‘o dedão apontado para ninguém’, e que não dá mais para acordar diariamente com a notícia de um novo reajuste. “Resolveram tirar aquilo que lhes falta por falta de competência de fiscalizar outras atividades econômicas do país, porque no combustível é fácil fiscalizar, e o dinheiro volta fácil para o cofre do governo através dos tributos”, concluiu, ressaltando que a solução está na diminuição dos tributos brasileiros.