Nosso Legado: O que a cruz tem a ver comigo?

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INTRODUÇÃO

Porque a Cruz?

Qual é o real significado da Cruz para nós?

O que a Cruz de Cristo tem a ver comigo?

Vamos do início!

“Porque TODOS pecaram e destituídos (afastado) estão da glória de Deus.”  (Rm. 3:23)

Quando Adão e Eva cederam a tentação e desobedeceram a Deus, eles dizimaram toda a raça humana com eles. Há algumas indagações a respeito da intervenção que Deus poderia ter feito para que isso fosse evitado, mas a verdade é que o plano de Deus ao criar o homem era para que ele vivesse uma vida plena, livre e abundante e isso incluía as suas escolhas. Diante dessa perspectiva, podemos analisar que não era uma decisão tão surreal, escolher entre as promessas, o cuidado, a presença, a fidelidade, a aliança e o amor de Deus e as conjecturas que satanás sugeriu.

(Não menosprezando o impacto que isto afetou aos desejos e ambições existentes no coração de Adão e Eva naquele momento, é incerto ou até mesmo prepotente pensar que faríamos diferente, diga-se de passagem).

A tendência de nos inclinarmos ao desejo de SER e TER algo além de nós mesmos e da nossa natureza, vêm dessa herança. A velha proposta maligna, muitas vezes disfarçada, outras vezes com um outro nome, ainda continua bem eficaz em nossos dias. O que atraiu Eva não foi o fruto em si e sim a ideia por trás dele.

O GRANDE DILEMA DAS ESCRITURAS SAGRADAS

Leia com atenção o versículo a seguir.

“Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração.” (Êx.34:7).

Iniquidade, Transgressão e o Pecado são os três níveis de ações malignas que cometemos contra Deus, vale ressaltar que são três dimensões distintas e que são diferenciadas pelo grau da sua atuação. Como Deus pode perdoar e não tomar os culpados por inocente sem ferir os seus próprios atributos? Se Deus é AMOR, por que Ele não nos perdoa e resolve o problema?

“O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao Senhor.” (Pv. 17:15)

Parece ser simples mas não é. Deus não pode simplesmente nos perdoar, porque SOMOS CULPADOS, não pode nos justificar porque o pecado nos tornou ÍMPIOS e isso seria uma CONTRADIÇÃO contra Ele mesmo e feriria um dos seus maiores atributos que é a sua JUSTIÇA. Ele se tornaria para Ele mesmo uma abominação.

A entrega ao pecado desencadeia um acervo de consequências destrutivas a nós e o seu último estágio é a morte, a bíblia chama de salário.

“Porque o SALÁRIO do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” (Rm. 6:23)

Então como não receber o pagamento JUSTO pelos nossos pecados? Pela escolha inicial do homem? Adão e Eva optaram por isto, mas haveria uma forma de salvar o restante da humanidade? Alguém optaria diferente se tivesse uma outra, uma nova oportunidade?

Isto é paradoxo! Aqui está o coração do Evangelho! Esse é o grande dilema das Escrituras Sagradas!

PARA SUA MELHOR COMPREENSÃO

Pense no julgamento de um assassino, pedófilo, estuprador, responsável da morte e do suicídio de mais de 100 vítimas, e depois de serem comprovadas todas as acusações contra o réu, ele mesmo confessa os crimes em detalhes.

A Justiça do Estado, a família das vítimas exige que o réu confesso pague com a pena máxima pelos crimes cometidos, e no dia do julgamento o juiz decidisse absolver o culpado.

Esse Juiz seria justo ou seria uma abominação?

Essa é a nossa história. Nos perdoar, nos livrar da condenação que merecemos por pecar, nos livrar do castigo eterno, é um ato de INJUSTIÇA, pois pecamos e nunca mais paramos, fazemos isso todos os dias, blasfemamos, mentimos, odiamos, murmuramos.

Como Deus perdoa pecadores em série, os filhos de Adão, irmãos de Caim sem se tornar injusto? Sabe qual é a resposta? A Cruz! Os pecados dos pecadores tinham que ser punidos, a justiça requeria punição e tinha que ser satisfeita, o quê Cristo faz?

ASSUME os nossos pecados, as culpas, as iniquidades, as transgressões dos homens (mentira, ódio, inveja, desejos, prostituição, a maldade, os crimes) e se voluntaria para pagar o preço em nosso lugar, (porque alguém teria que pagar de qualquer forma) essa era a única forma de Deus não se tornar injusto e nos salvar, nos perdoar, nos justificar e nos reconciliar novamente.

Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co. 5:21)

A Justiça deveria ser cumprida, a dívida requeria o pagamento justo, o castigo tinha que ser aplicado, nós éramos os alvos da ira de Deus e a sentença determinada a nós era o inferno, a condenação eterna.

Continua na próxima semana…

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