A deputada federal Flordelis dos Santos Souza, acusada de ser a mandante do assassinato do próprio marido, o pastor Anderson do Carmo, teria dito que ele morreria por “atrapalhar a obra de Deus”. A informação foi dada pela nora de Flordelis, Luana Rangel Pimenta, durante audiência na manhã desta sexta-feira (27/11). As informações são do Metrópoles e O Dia.
Luana e outras testemunhas do crime foram ouvidas na 3ª Vara Criminal de Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Flordelis também participou da audiência e chegou ao local por volta das 9h.
Esposa de Mizael, um dos filhos da deputada, Luana disse que, entre 2017 e 2018, Flordelis costumava dizer que recebia “mensagens divinas” sobre a morte de Anderson. Ela falava que o marido morreria porque estava “atrapalhando a obra de Deus”.
Luana também disse que a parlamentar teria colocado substâncias em bebidas do pastor para tentar matá-lo e que planejou o crime ao menos duas vezes.
“Um dia, eu e uns filhos fomos a um cinema na Barra. O Carlos (um dos filhos) disse: ‘não toma nada que a Flor der para o Niel (apelido de Anderson). A Cris (outra filha) tomou um suco de laranja e ficou cinco dias internada’. Vi várias vezes ela colocando pozinho no suco do pastor”, disse Luana durante a audiência, segundo o portal O Dia.
A nora de Flordelis também disse que Anderson passou “muito mal” durante o último ano de vida. “Fazia reuniões com uma lixeira em cima da mesa para poder vomitar”, afirmou, segundo o portal.
Além disso, Luana reforçou que o choro da deputada no dia da morte de Anderson foi falso, e que a parlamentar teria ordenado que o celular do pastor fosse quebrado e jogado no mar.
Flordelis foi a primeira a chegar ao plenário, seguida pelos outros réus, que estão presos. Eles foram conduzidos à sala de audiência e a juíza advertiu que todos eles são proibidos de se comunicar. A magistrada ameaçou tomar outras medidas, caso a determinação fosse descumprida.
A deputada chorou quando viu os filhos e a neta chegarem ao fórum e escondeu a tornozeleira, que é obrigada a usar. As informações são do Extra.
No dia 13 de novembro, quando houve a primeira audiência, as testemunhas de acusação foram ouvidas. Entre elas, os delegados Allan Duarte e Bárbara Lomba, que conduziram as investigações.
Flordelis é a única dos 11 réus que não está presa. Por possuir imunidade parlamentar, a deputada somente poderia ser detida em flagrante delito por crime inafiançável.
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