O tempo, a agenda e o foco são três questões presentes na rotina de qualquer pastor. Para esclarecer esse dilema, o pastor Josué Campanhã falou a dezenas de líderes na abertura da 6ª edição da Feira Literária Internacional Cristã (FLIC) nesta quinta-feira (31).
Em sua atuação no desenvolvimento de líderes, Campanhã disse que tem observado que muitos pastores estão em busca de equilíbrio. “As pessoas estão desesperadas e arrancando cabelos porque estão com a agenda entupida”, disse ele.
“O equilíbrio da vida depende de onde estamos colocando tempo, da nossa visão de vida e da forma como administramos essas coisas”, avaliou o pastor. “Talvez a gente tenha que desistir de lutar a batalha contra o tempo. Não é essa batalha que vai fazer nossa vida fazer diferença no mundo”.
Campanhã usou uma frase do escritor Pedro Chagas, que diz: “Há um equilíbrio tênue entre o que te faz andar e o que te faz parar. E muitas vezes, o que te faz parar é o que te faz andar”.
“É uma frase muito óbvia, mas que talvez atinja o cerne da nossa crise. Porque nós queremos andar cada vez mais rápido, colocando cada vez mais coisas na nossa agenda, mas a gente não quer parar de fazer nada do que a gente faz”, explica o pastor.
Campanhã afirmou que ainda tem percebido que os líderes estão longe da batalha que deveriam estar lutando. “Enchemos nosso cesto com uma porção de coisas e não temos tempo para nada. Mas talvez a pergunta não seja saber como vamos administrar o tempo, mas sim qual é o foco, qual é a única coisa que Deus quer fazer através de nós que vai ter um tremendo impacto no mundo”.
O pastor também observou que alguns líderes se acomodaram em fazer o que sempre fizeram, se acomodaram com seu salário e até mesmo com a casa que oferecida pela igreja.
“Para que Deus vai te dar dinheiro se você não vai repartir com o outro? Há muitos líderes pensando em construir uma grande igreja. Esqueça isso. Pense em construir uma grande cidade”, afirmou Campanhã.
“Se você quer um impacto duradouro na sua vida, primeiro você precisa eliminar o que faz bem, para se concentrar naquilo que você potencialmente pode ser o melhor. Mas você não vai conseguir ser o melhor se Deus não fizer através de você. O motivo de vivermos na mesmice é porque nos acomodamos naquilo que a gente faz bem”, analisou.
(Guiame)