O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, o pastor Everaldo, o ex-secretário de Saúde do Rio Edmar Alves dos Santos, além de empresários e advogado, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF), pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, nessa terça-feira (15/12).
A denúncia foi encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e está ligada às investigações da ‘Operação Kickback’, na qual houve o cumprimento de dez mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva, na manhã dessa terça-feira (15). As informações são do G1.
Entre os pedidos feitos pelos investigadores do MPF estão a condenação dos denunciados, a perda da função pública, em especial, para Wilson Witzel, e uma indenização por danos morais no valor mínimo de R$ 106,7 milhões, o dobro do montante desviado e lavado pelos denunciados.
As investigações apontam que Witzel solicitou, aceitou promessa e recebeu vantagens indevidas no valor de aproximadamente R$ 53 milhões. Em todas essas manobras, ele atuou ao lado do pastor Everaldo, de Edmar Santos e do empresário Edson da Silva Torres.
Como a TV Globo e o G1 noticiaram, a Organização Social (OS) que atua no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora recebeu cerca de R$ 280 milhões em dívidas inscritas em “restos a pagar” em troca de pagamento de propina de 13% sobre o valor quitado.
De acordo com a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, que assina a denúncia, o grupo tentou ocultar os valores recebidos como propina.
Em nota divulgada nesta terça, Witzel diz “que jamais compactuou com qualquer tipo de irregularidade ou recebeu vantagem ilícita em razão do cargo, e que foi ele quem determinou aos órgãos de controle do Estado o máximo empenho na apuração de todas as denúncias”.
Em contato com a TV Globo, a defesa de pastor Everaldo informou que somente tomou conhecimento da notícia nesta noite, por meio da imprensa, e não se pronunciará no momento.