Moro recebe oração de deputados evangélicos e se diz tranquilo com a Lava-Jato

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Foto: Henrique Gomes Batista/Agência O Globo)

BRASILIA| O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, recebeu nesta quarta-feira (12) cerca de 30 parlamentares evangélicos em seu gabinete em Brasília. A reunião acontece em meio à repercussão de supostas conversas entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato.

O encontro com membros da Frente Parlamentar Evangélica durou cerca de 40 minutos. Segundo o jornal O Globo, Moro negou que tenha combinado atuações com a força-tarefa do Ministério Público Federal (MPF) no período em que era responsável pelos processos enquanto juiz.

“Ele nos disse que foi um vazamento criminoso, que não pode confirmar nada até porque não sabe o conteúdo total”, disse o deputado e pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) sobre conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil.

De acordo com Feliciano, o ministro mostrou tranquilidade e descartou a possibilidade de ações combinadas entre ele e Dallagnol. “Moro disse que está tranquilo, que quem não deve não teme e que não houve conluio algum”, afirmou Feliciano.

No fim do encontro, o deputado Silas Câmara (PRB-AM) perguntou a Moro se ele aceitaria uma oração. “Então, nós nos colocamos em oração por ele”, relatou Feliciano.

Feliciano explicou que os parlamentares evangélicos tiveram o encontro com Moro para demonstrar apoio em um momento em que opositores questionam a atuação do ex-juiz, chegando a sugerir que ele deveria se afastar do cargo.

A força-tarefa da Lava Jato acredita que “diálogos inteiros podem ter sido forjados” pelo hacker que invadiu celulares e grupos de mensagens de procuradores da República, disse o MPF do Paraná em nota.

Nesta terça-feira, um hacker invadiu um grupo do aplicativo Telegram formado por conselheiros do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e afirmou que acessa “quem quiser e quando quiser”.

Feliciano lembrou que a Polícia Federal (PF) está investigando os ataques de hackers ao magistrado e a procuradores da Lava-Jato.

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