Ministro Ernesto Araújo diz que “falar de cristofobia incomoda, mas vamos chamar atenção para isso”

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, defendeu a relevância do discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU, que abordou o combate à cristofobia.

“É um conceito que já existe, o presidente não é o primeiro a usar”, disse Araújo em entrevista à CNN Brasil na noite de terça-feira (22).

“Acho que há uma consciência insuficiente ao redor do mundo sobre a cristofobia. Inclusive em países que já foram de maioria cristã, e onde às vezes a fé cristã é denegrida, atacada, quando outras fés não o são”, acrescentou.

Em seu discurso na ONU, Bolsonaro fez um apelo para que a comunidade internacional defenda a liberdade religiosa e mencionou a cristofobia, em defesa dos cristãos perseguidos no mundo.

“A liberdade é o bem maior da humanidade. Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”, disse Bolsonaro.

Parte da imprensa repercutiu o discurso de forma negativa, alegando que não há cristofobia no Brasil. Ernesto Araújo acredita que o Brasil, por ser um país de maioria cristã, tem responsabilidade na defesa dos mais de 260 milhões de cristãos perseguidos no mundo.

“No nosso caso, país majoritariamente cristão, 90% cristão, que tem no cristianismo parte de sua essência e identidade, nos sentimos na responsabilidade de chamar atenção especialmente para isso”, disse o ministro.

O ministro chegou a citar um estudo enviado ao Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, que aponta que 80% dos religiosos perseguidos em todo o mundo são cristãos.

Araújo também defendeu o uso do termo cristofobia, já que o termo islamofobia é usado para definir a perseguição aos muçulmanos. “Isso precisa ter um nome, para que as pessoas se conscientizem disso”, destacou.

Ernesto Araújo acredita que o discurso do presidente nas Nações Unidas não se limitou à diplomacia, mas foi “relevante, inovador e corajoso”. “Falar de cristofobia pode incomodar algumas pessoas, mas vamos chamar atenção para isso”, disse.

Questionado se a fala do presidente não deixou de lado brasileiros de outras religiões, o ministro esclareceu: “O presidente não deixou de olhar para outras religiões, ele defende a liberdade religiosa para todos. Porém, em nosso caso vivemos em um país cristão, então sentimos a responsabilidade de chamar a atenção contra a intolerância religiosa. Não excluímos ninguém, mas queremos recuperar a identidade nacional, não queremos ser um país genérico.”

Fonte: Guia-me com informações de CNN Brasil

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