Ministro confirma reunião com filho mais novo de Bolsonaro e diz que só soube quem era ao ser apresentado

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O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, confirmou nesta terça-feira (6) em audiência na Câmara dos Deputados ter se reunido no ano passado com o empresário Jair Renan Bolsonaro. Acrescentou que só soube que se tratava do filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro quando eles foram apresentados.

Rogério Marinho foi chamado pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle a dar explicações sobre o encontro. Conforme mostrou o Jornal Nacional, quando a reunião aconteceu, a agenda pública de Marinho continha somente o nome de um assessor da Presidência, sem menções ao filho do presidente ou a outros empresários.

Segundo o ministro, a reunião foi pedida “pelo gabinete do presidente” e, no encontro, foi apresentada uma “inovação tecnológica” na área de habitação.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a empresa de Jair Renan, a pedido do Ministério Público, por suspeita de tráfico de influência.

“A reunião que ocorreu conosco foi em 2020. […] Foi solicitada pelo gabinete do presidente, por um de seus auxiliares”, afirmou Marinho durante a audiência desta terça.

“Só soube que ele era filho do presidente porque alguém me apresentou a ele”, acrescentou o ministro, em outro trecho.

Na avaliação de Marinho, o fato de Jair Renan ter estado presente ao encontro “não causou nenhum tipo de constrangimento”. “Até porque ele entrou calado e saiu calado”, completou. O ministro, contudo, não detalhou quem mais participou.

Aos deputados, Rogério Marinho disse que, no encontro, a empresa apresentou uma “inovação tecnológica” para o setor de habitação, encaminhada para a Secretaria Nacional de Habitação (SNH), órgão do ministério.

“[A secretaria] recebe cotidianamente centenas de contribuições, que são levadas em consideração ou não”, afirmou Marinho nesta terça.

Ainda durante a audiência, o ministro negou que o ministério contrate diretamente conjuntos habitacionais ou soluções tecnológicas.

“Quem o faz são as empresas que atendem aos editais através do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) ou do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS)”, disse.

“Não tem nenhuma relação de causa e efeito a presença do filho do presidente”, concluiu.

Fonte: G1

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