Um pastor que vive na Rússia está correndo o risco de ter sua casa demolida, após realizar reuniões de culto doméstico no local.
A casa do pastor Vitaliy Bak foi isolada em julho de 2019, porque o local serviu para reunir em um culto doméstico, cristãos que não seguiam a Igreja Ortodoxa Russa.
A ordem de demolição da residência partiu das autoridades administrativas de Novorossiysk e agora a família do pastor aguarda a decisão do tribunal local sobre o caso.
Segundo um analista de perseguição da Portas Abertas, o fato parece ser uma retaliação aos cristãos e às congregações que não são ligadas à Igreja Ortodoxa Russa.
“As autoridades locais parecem usar as leis para proibir reuniões religiosas em casas particulares. No entanto, de acordo com a legislação russa atual, as comunidades com apenas status de grupo religioso não podem possuir propriedades e, portanto, não têm outra opção a não ser se reunir em edifícios residenciais. Felizmente, esse é o único incidente desse tipo registrado até agora. Porém, não teve um desenvolvimento promissor”, explicou o especialista que não teve seu nome revelado por motivos de segurança.
Contexto
Atualmente, ser membro de uma igreja cristã não ortodoxa na Rússia significa, na prática, enfrentar hostilidade das autoridades locais, já que os cristãos não ortodoxos são vistos como “traidores” e “aliados dos países do Ocidente”.
A Rússia foi apontada pela Missão Portas Abertas como o 46º pior país do mundo para se viver como cristão, em sua Lista Mundial sobre Perseguição Religiosa para 2020.
Com a aprovação da lei Irina Yarovaya em 2016, os cristãos russos passaram a enfrentar perseguição mais intensa para publicar materiais sobre o Evangelho, promover atividades missionárias, realizar reuniões de oração e estudos bíblicos nos lares.