As unidades da rede Estadual de Saúde em Manaus registraram nessa quinta-feira (11/06) a menor taxa de ocupação de leitos de UTI durante a pandemia do novo coronavírus. Após alcançar o pico de ocupação de 96% em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 85% dos leitos clínicos no dia 23 de abril, o levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (Susam) mostrou que nessa quinta-feira (11/06) o índice caiu para 54% em leitos de UTI e 31% em leitos clínicos na capital.
Dos 270 leitos de UTI destinados a pacientes Covid da rede da Susam, 143 estavam ocupados nesta quinta. Já dos 939 leitos clínicos Covid disponíveis, somente 286 estavam ocupados, conforme o último balanço da Susam. Nas salas de emergências, dos 65 leitos disponíveis para pacientes com o novo coronavírus, 11 estavam ocupados – 17%.
De acordo com os dados da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), o maior pico de novas internações, em Manaus, foi registrado também no dia 23 de abril, quando o boletim apontou 83 internações de casos confirmados de Covid-19. Desde o início de maio, o boletim da FVS vem demonstrando acentuada queda no número de hospitalizados na capital, acumulando nos últimos sete dias 45 novas internações, em média, seis por dia.
Aumento de leitos – Além da diminuição dos casos graves, a secretária da Susam, Simone Papaiz destaca que a redução da taxa de ocupação também é reflexo do aumento de leitos. O número de leitos para Covid-19 saiu 639 no início da pandemia para 1.274, conforme balanço da Susam desta quinta – um aumento de 99% no quantitativo geral de leitos Covid.
“A Susam trabalhou para promover a expansão da rede de saúde estadual e, assim, conseguir ofertar leitos suficientes para a demanda causada pelo coronavírus. Atuamos na articulação junto ao Governo Federal para a aquisição de respiradores e contratação de pessoal; abrimos em tempo muito curto uma segunda unidade de referência para o tratamento da Covid-19; convocamos profissionais de saúde para reforçar o serviço hospitalar. Ações que vemos refletidas, hoje, nestes números”, afirma a secretária de Estado da Saúde, Simone Papaiz.
O número de UTIs para pacientes com Covid-19 nas unidades estaduais evoluiu de 107, no início da pandemia, para 270 – alta de 152%, conforme último balanço. Enquanto que os leitos clínicos saltaram de 532 para 939, aumento de 76%. Além dos leitos clínicos e de UTI, a Susam ainda conta com 65 leitos em salas de emergência, para a estabilização de pacientes com sintomas respiratórios.
Hospitalizados – Conforme o boletim da FVS divulgado nesta quinta-feira (11/06), entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, há 374 pacientes internados, sendo 231 em leitos clínicos (32 na rede privada e 199 na rede pública) e 143 em UTI (43 na rede privada e 100 na rede pública).
Há ainda outros 317 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 213 estão em leitos clínicos (40 na rede privada e 173 na rede pública) e 104 estão em UTI (20 na rede privada e 84 na rede pública).
Interior – De acordo com o último balanço da Secretaria Executiva Adjunta de Atenção Especializada ao Interior (SEA Interior), a taxa ocupação em leitos Covid em Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) é de 21% no interior. Já entre os leitos clínicos a ocupação nesta quinta-feira (11/06) era de 26%. Dos 832 leitos clínicos Covid nas unidades da rede estadual no interior, 213 estavam ocupados nessa quinta-feira. Enquanto que entre os 142 leitos de UCIs, 30 estavam ocupados.
A expectativa é que o percentual desta sexta-feira (12/06) seja menor e fique em torno dos 15%, conforme o secretário do Interior da Susam, Cássio Espírito Santo. Isso porque, segundo ele, as unidades de saúde reduziram ainda mais o número de internados.
“Fonte Boa tinha três pacientes Covid; em Santo Antônio tinha dois; em Tonantins tinha três, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Tabatinga não tinha nenhum paciente”, disse o secretário.
Cássio esclarece que o percentual de ocupação de leitos no interior durante a pandemia sempre foi baixo em comparação com a capital. “Esse trabalho de baixa ocupação de leitos durante a pandemia do Covid é resultante de uma atenção básica fortalecida, que veio trabalhando nos municípios. Os municípios com seus planos de contingência e com as barreiras, com medicamento na atenção básica tratando de forma precoce, evitando que as pessoas agravem”, concluiu o titular da SEA Interior.