ais de meio milhão de eleitores não compareceu às urnas no primeiro turno da eleição suplementar para governador e vice do Amazonas, neste domingo (6). O índice de abstenção foi considerado dentro da normalidade pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
O primeiro turno teve 569.501 (24,35%) de abstenção, eleitores que deixaram de votar. Votos brancos somaram 61.826 (3,49%) e votos nulos, 218.201 (12,33%). Ao todo foram 1.489.358 (84,17%) votos válidos.
O presidente do TRE-AM, desembargador Yedo Simões, afirmou que a falta de gratuidade no transporte público coletivo não teve influência no volume de eleitores faltosos na votação. As dificuldades logísticas no interior do Amazonas foram apontadas como principais fatores para índice de abstenção.
“Essa eleição é atípica, exclusiva para governo do estado e fora época, que atinge todo estado do Amazonas. Temos comunidades distantes, e na eleição de 2016 eram milhares de candidatos a vereador, todos eles trabalhando para evitar essa abstenção. Nessa eleição só tinham candidatos ao governo e eles não conseguiriam atingir todas as comunidades. Houve um trabalho da Justiça Eleitoral no chamamento ao eleitor. O transporte gratuito não houve nenhuma influência porque o eleitor está localizado no próprio local onde reside. Eu penso que essa abstenção está dentro da normalidade e dentro da média nacional”, avaliou Yedo Simões.
Eleição suplementar
O estado tem novas eleições diretas após os mandatos do ex-governador, José Melo, e do vice, Henrique Oliveira, terem sido cassados por compra de votos nas eleições de 2014.
A eleição havia sido suspensa após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, no dia 28 de junho. Entretanto, no dia 6 de julho, o ministro do STF Celso de Mello anulou a decisão anterior e manteve o pleito.
Ainda há recursos no própria Justiça Eleitoral e no Supremo que podem trazer novas decisões que implicariam na posse do governador eleito nas eleições diretas deste ano.
Fonte: G1 Amazonas