Líderes católicos de Jerusalém anunciaram sua oposição à decisão dos Estados Unidos de reconhecer a cidade como capital de Israel, em um encontro com o Rei da Jordânia, Abdullah II no último domingo (17).
Considerado por árabes o guardião dos locais sagrados para cristãos e muçulmanos em Jerusalém, o rei Abdullah convocou para um encontro clérigos cristãos e dignitários da Jordânia e Jerusalém antes das celebrações de Natal.
Durante o evento no rio Jordão, o local do batismo de Jesus Cristo, os dignitários de Jerusalém enfatizaram que a decisão de reconhecer Jerusalém como capital de Israel “é ilegal, mina a paz e é contrária aos ensinamentos cristãos”.
Eles também condenaram “qualquer tentativa de judaizar Jerusalém ou destruir a sua identidade árabe”, de acordo com a agência estatal de notícias Petra.
Entre os que participaram da reunião estava o patriarca ortodoxo grego Kyrios Kyrios Theophilos III e o Administrador Apostólico de Jerusalém, o arcebispo Pierbattista Pizzaballa.
Membros do Waqf islâmico, uma organização baseada em Jordânia que é encarregada pelos locais muçulmanos no Monte do Templo, na Cidade Velha de Jerusalém, também estiveram no evento.
“Continuaremos nosso dever histórico, que remonta ao nosso bisavô, Sharif Hussein bin Ali, de proteger e cuidar de locais sagrados em Jerusalém”, disse Abdullah durante a reunião.
Jerusalém pertence a Israel
O status de Jerusalém continua sendo a questão mais sensível dentro do conflito entre israelenses e palestinos. Enquanto os registros bíblicos, históricos e políticos garantem que Jerusalém é a capital indivisível de Israel, os palestinos exigem que a parte oriental da cidade seja a capital de seu futuro Estado.
Em um discurso realizado no dia 6 de dezembro, na Casa Branca, o presidente americano Donald Trump disse que sua decisão de reconhecer Jerusalém como sede do governo de Israel foi meramente baseada na realidade.
“Meu anúncio marca o começo de uma nova abordagem no conflito entre Israel e palestinos. Hoje reconhecemos o óbvio”, disse Trump em discurso feito na Casa Branca.
Trump ainda enfatizou que não estava especificando os limites da soberania israelense na cidade e não pediu mudança alguma no status quo dos locais sagrados.
(Guiame)