Jovem viu pai morrer “segurando as chaves da igreja”, após ataque do Estado Islâmico

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Marian viu o pai morrer em seus braços após ataque que aconteceu (Foto: Reprodução/Internet)

Uma jovem, cujo pai morreu durante ataque realizado por um extremista islâmico, compartilhou a forma como sua fé cresceu mais forte em meio à tragédia. O atentado aconteceu próximo de uma igreja copta que estava celebrando um culto no domingo. Marian, de 15 anos, disse para um colaborador do Ministério Portas Abertas como seu pai, Nabil, morreu em seus braços.

O ataque suicida foi ligado ao Estado Islâmico. O pai de Marian estava no culto quando o desastre aconteceu, deixando 25 mortos e dezenas de feridos, tornando-se o ataque mais mortal da minoria cristã do Egito em anos. Naquele domingo, poucos dias antes de seu aniversário de 15 anos, a jovem havia ido junto com seu pai que guardava a igreja.

“Nós tomamos o café da manhã juntos, e brincamos um com o outro”, disse a adolescente. “Ele estava excepcionalmente feliz naquele dia”. Após o primeiro culto, o pai de Marian pediu-lhe que voltasse para casa para pegar chá. “Eu tinha acabado de começar a ferver o chá quando ouvi uma grande explosão. Pensei em meu pai imediatamente”, lembrou ela. “Havia fumaça branca em todos os lugares, e as pessoas estavam correndo em pânico. Fiquei chocada, mas consegui fugir. Comecei a perguntar a todos se eles tinham visto meu pai”.

Através da fumaça, dos cadáveres e do sangue, Marian viu seu pai deitado perto da entrada da igreja. “Ele estava deitado ali, ainda segurando as chaves da igreja”, disse ela. “Coloquei a cabeça dele em meu colo. Ele me deu as chaves e me pediu para cuidar do meu irmão e irmã mais nova. Então ele fechou os olhos e sorriu pacificamente, seu rosto brilhando. Então ele foi ao céu”.

Após a morte de seu pai, Marian lutou com uma série de emoções, de raiva a tristeza e descrença: “Meu pai era um grande homem, um pai amoroso, eu senti tanto a falta dele. Perguntei a Deus por quê?” Ela lembrou.

Agora, quase um ano depois, ela diz que, enquanto sente falta física de seu pai, acredita que não está sozinha. “Eu acredito que ele me encoraja a viver perto de Deus”, disse ela. “Ele me faz lembrar que não estou sozinha, que Jesus está comigo”. Marian, sua mãe e seus irmãos mais novos continuam a viver com a família nas instalações da igreja por enquanto. Ela espera um dia tornar-se médica.

 

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