O Jovem Bruno Borges está desaparecido desde segunda-feira, 27 de março. Além da família apreensiva, deixou para trás 14 livros que estão criptografados, em uma linguagem que ele mesmo criou. “Mas, ele deixou a chave”, diz a mãe, Denise Borges, empresária mineira, radicada no Acre. O estudo das quatro criptografias está acomodado em uma pasta. Decifrar os símbolos é objeto de preocupação dos pais agora.
Segundo a família, Bruno transformou seu quarto em uma espécie de museu. Nele há uma réplica da imagem de Giordano Bruno, filósofo italiano, vítima da inquisição.
“Hoje, eu sei que dentro desses livros deve haver uma riqueza imensa. Todos queremos saber o conteúdo. É complicado, mas é possível”. Os pais já convidaram filósofos e historiadores para olhar o material.
As mudanças no quarto do jovem ocorreu, durante uma viagem de férias dos pais que durou 24 dias. De acordo com a irmã do rapaz, em entrevista à TV local, o jovem mantinha a porta trancada e não contava o que estava fazendo. O primo de Bruno, o oftalmologista Eduardo Veloso afirmou ainda à reportagem que deu a Bruno R$ 20 mil. Ele teria pedido o dinheiro alegando que tinha algo muito importante para investir e que mudaria a vida das pessoas.
Introspectivo e um leitor voraz, o jovem passou a não comer carne e ultimamente era vegano, diz a família. Os pais entendem que a mudança foi uma espécie de preparação para a obra deixada. “As pessoas me criticam porque estou valorizando muito a obra e não mais o desaparecimento dele. Eu gostaria de encontrar com ele agora e dar um abraço nele. Mas, eu não vou forçar uma barra. Não é um sequestro. Ele saiu por conta própria. Ele sabe o que ele fez. A gente tem umas coisas que ele fez quando sumiu que comprovam que foi muito premeditado. Ele não quer ser encontrado agora e, se eu não estiver ficando louco, eu estou respeitando esse tempo dele”.
O desaparecimento do rapaz já foi informado a todas as forças de Segurança Pública, incluindo Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal que estão mantendo em segredo.