O diário argentino Clarín publicou em seu site, nesta quinta-feira (5), uma reportagem sobre a expansão dos evangélicos no Brasil. Ao longo da publicação, o veículo aborda a influência da igreja dentro de diversos setores da sociedade como política, cultura e esportes e o crescimento do número de fiéis no país.
De início, a reportagem traça uma breve lista das ações que são realizadas pelos evangélicos no Brasil. A publicação exalta o trabalho social e missionário realizado pelas igrejas no combate ao desemprego, drogas, alcoolismo e violência familiar tanto nos grandes centros urbanos quanto em regiões remotas.
O texto também descreve que a igreja inclui todos em sua alçada, tanto as pessoas de lugares ricos quanto as mais humildes. Na região metropolitana de São Paulo, a maior cidade do Brasil, os evangélicos já são maioria na população, além de aparecerem no topo em muitas cidades de estados como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo.
– O crescimento evangélico no Brasil é um fenômeno de 40 anos. Começa forte nos anos 80 e explode nos anos 90 com o crescimento das periferias, das favelas – diz o pastor Ricardo Souza, da Igreja Presbiteriana do Planalto, ao Clarín.
Outro ponto abordado pela reportagem é o crescimento exponencial apresentado no número de evangélicos. De acordo com estatísticas apresentadas pelo Clarín, o número de fiéis protestantes ultrapassará o número de católicos no Brasil em aproximadamente 12 anos. O número atual é de 65 milhões de brasileiros, equivalente a 31% da população.
O jornal argentino ainda destaca o aumento da participação de evangélicos dentro de setores importantes da sociedade, como a política. O texto cita que os cultos hoje atraem uma gama de políticos em busca de angariar votos através do apoio de igrejas.
A reportagem encerra falando sobre os “próximos passos” da igreja na política, como a entrada de um ministro evangélico no Supremo Tribunal Federal (STF) e um possível vice-presidente nas eleições de 2022. O pastor e deputado federal Marco Feliciano destaca que a busca é de aumentar ainda mais a participação no Legislativo.
– Ficamos longe da política brasileira por um longo tempo. A igreja entendeu que é possível continuar servindo a Deus e participar da vida pública. Nós, a fé evangélica, somos 30% a 38% da população, mas ainda não somos 30% do Parlamento. Estaremos, se Deus quiser – completa.